Nem tudo é para sempre. Depois de quase dois anos invicto
como mandante, o Atlético conheceu a derrota dentro do seu terreiro. O time que
não havia perdido na Arena Independência em maio de 2012, conheceu sua primeira
derrota para o Atlético Paranaense na noite desta quarta-feira pela décima
rodada do Campeonato Brasileiro.
O Atlético até saiu na frente com um gol de Bernard que
recebeu seu segundo cartão amarelo e foi expulso após tirar a camisa. Com um a
mais e faltando pouco mais de dez minutos para o final da partida, o Galo não
conseguiu segurar o Furacão e terminou a partida com o primeiro revés no Horto.
O Galo agora centra suas atenções no Flamengo no domingo
às 16 horas no Mané Garrincha em Brasília. Confira os detalhes da partida a
seguir:
O jogo
Sem Ronaldinho Gaúcho no time titular e Rosinei no banco,
ambos gripados, o Galo entrou com Luan responsável por armar o time atleticano.
Aos 5 minutos, Bernard deixou Tardelli em boas condições para cruzar para a
área. Josué chegou livre na grande área e chutou de primeira. A bola passou por
cima da meta do clube paranaense Aos 9 minutos Rocha acionou Bernard na área
que também chutou por cima.
O jogo feio estava presente no Horto. Nenhuma chance
clara foi criada por um bom tempo. Aos 36 minutos os visitantes assustaram com
Elias que mandou um chute forte de fora da área, mas foi defendido pelo goleiro
Victor.
Sentindo dores no joelho esquerdo Jô deu vaga para
Alecsandro aos 39 minutos. Primeiro tempo feio e sem alteração no placar, 0 a
0.
No segundo tempo, Cuca tentou soltar mais o time ao tirar
o volante Pierre e acionando o lateral direito Michel. O substituto e Marcos
Rocha ficaram se alternando na marcação e o meio de campo.
O segundo tempo continuou fraco. Cuca então decidiu usar
sua última sacada para tentar dar ânimo ao Atlético, Luan deu lugar a Neto
Berola. Depois disso, os gols saíram na partida. Aos 35 minutos Berola saiu em
disparada e acionou Bernard para chutar na saída do goleiro e marcar o gol do
Galo na partida. Ao comemorar, o meia tirou a camisa e recebeu seu segundo
amarelo e consequentemente, sendo expulso pelo árbitro Paulo César de Oliveira.
Foto: Gil Leonard/ Lancepress
O Atlético sofreu a virada. Ela veio em dois minutos. Aos
40, Everton recebeu na área e bateu cruzado para empatar para os paranaenses: 1
a 1. Dois minutos depois, a virada, com Éderson aproveitando cruzamento: 2 a 1.
O Galo quase empatou, aos 47 minutos, com Alecsandro, que carimbou o travessão.
Um minuto depois, Tardelli, de falta, mandou para as redes, mas o árbitro Paulo
Cesar Oliveira invalidou, pois não tinha autorizado a cobrança. Fim de partida
e fim da mística “Caiu no Horto, tá morto!”.
ATLÉTICO-MG 1 X 2
ATLÉTICO-PR
Atlético: Victor, Marcos Rocha,
Réver, Leonardo Silva e Junior César; Pierre (Michel), Josué, Diego Tardelli,
Luan (Neto Berola) e Bernard; Jô (Alecsandro). Técnico: Cuca Atlético-PR: Weverton, Léo, Manoel,
Luiz Alberto e Pedro Botelho; Bruno Silva (Zezinho), Juninho, Everton e Elias
(Felipe); Marcelo e Dellatorre (Éderson). Técnico: Vágner Mancini
Motivo: 10ª rodada do
Campeonato Brasileiro Local: Estádio Independência,
em Belo Horizonte (MG) Data: 31/07/2013 Gols: Bernard, 35 min 2ºT;
Everton, 40min 2ºT; Éderson, 42min 2ºT Árbitro: Paulo Cesar Oliveira
(SP) Assistentes: Alberto Poletto
Masseira (SP) e Vanderson Antonio Zanotti (ES) Cartão amarelo: Bruno Silva
(ATL-PR); Leonardo Silva, Tardelli (ATL) Cartão vermelho: Bernard (ATL)
Bruno Santana
bruno_santsouza@hotmail.com
@brunosantsouza
Titulares de Marcelo fazem 4 a 1 no time quase reserva de
Cuca. Alecsandro marca, mas virada vem com Éverton Ribeiro, Nilton e Ricardo
Goulart (2).
Apresentação:
Antes de a bola rolar, o Cruzeiro apresentou seu novo
reforço. Num carro-forte, para representar o valioso patrimônio do clube, Júlio
Baptista chegou ao gramado. A apresentação seguiu depois, mas a chegada foi
inusitada.
O meia Júlio Baptista foi apresentado oficialmente como
jogador do Cruzeiro na tarde desta sexta-feira, momentos antes da partida contra o
Atlético-MG, no Mineirão. O jogador chegou ao gramado em um carro forte, com os
dizeres ‘Patrimônio do Sócio do Futebol’.
Júlio Baptista foi recebido com festa pela torcida do
Cruzeiro. Disse que está muito feliz pela recepção calorosa dos cruzeirenses, que
fizeram festa no aeroporto e na sede do clube, e espera ajudar e
retribuir em campo. Ele deve voltar à Espanha nesta segunda-feira para resolver
assuntos pessoais e voltar a Belo Horizonte, em definitivo no próximo final de
semana. O reforço celeste pediu prazo de três semanas para estrear pelo novo
clube.
Sobre a partida, não respirou o tradicional Cruzeiro e
Atlético-MG, nem mesmo o domingo Nem parecia um clássico, um dos que tem maior
rivalidade no país. A semana amanheceu com aquele ar tenso reservado aos dias
em que uma cidade se divide.
A conquista da Taça Libertadores pelo Atlético, ainda tão
recente, na quarta-feira, tirou do Galo qualquer responsabilidade ou
necessidade de mostrar bom futebol diante do arquirrival Cruzeiro. Até as
arquibancadas estavam neste clima, sobretudo pelo lado Alvinegro, que tiveram
acesso a apenas 10% dos ingressos.
Por isso, um dos grandes clássicos do Brasil ficou
restrito em importância e responsabilidade a apenas um lado, apesar dos
discursos de ambos de que vencer sempre é preciso. Com o time praticamente
completo, o Cruzeiro entrou em campo com a missão, quase obrigatória, de vencer
o rival, e como satisfação a seu torcedor, carimbar a faixa rival.
Clássico começou nervoso, mas bastante corrido.
A primeira finalização do jogo foi do Cruzeiro. Luan bate
fraco da entrada da área e a bola vai para fora. Sem perigo para o gol de
Giovanni, aos 5 minutos do primeiro tempo.
Primeiro lance de
perigo, o Cruzeiro bateu escanteio pela direita e a bola passou com perigo pela
área. Ninguém conseguiu a finalização.
Logo Após 16 minutos do primeiro tempo, pênalti para o Atlético-MG. Dedé
derruba Marcos Rocha na entrada da área. Em seguida, aos 18 minutos, Alecssandro
bateu o pênalti muito bem no alto sem chances para o goleiro Fábio, 1 a 0 para o
Atletico.
Na Partida Cruzeiro chegava com perigo,após cruzamento de Ceará
com perigo pela direita, a bola encontrou Vinícius de Araújo pela esquerda,que
entrou na área e bateu para a defesa do goleiro Giovanni.
Aos 31 minutos, Luan
recuperou a bola pela esquerda e rolou para trás. Everton Ribeiro, com
tranquilidade, dominou dentro da área e bateu de perna esquerda para marcar o gol
de empate sobre o Atlético.
Após o empate a torcida do cruzeiro cantou e empurrou o time
ajudando para ver se cruzeiro revertesse o placar.
Como aconteceu quase
no final do primeiro tempo aos 41 minutos, Depois da cobrança de escanteio pela
esquerda, Vinícius Araújo dominou, limpou e bateu cruzado. A bola encontrou Ricardo
Goulart, na pequena área, e o meia completou para o fundo das redes de Giovanni, 2 a 1 Cruzeiro.
O jogo iria aos 48 minutos acréscimo dado pelo juiz,mas
acabou terminando aos 47 minutos do primeiro tempo.
Na volta do Segundo tempo,Atlético fez 2 alterações no time
,Cuca acabou tirando Richarlyson pra entrada de Jemerson ao time e Rosinei para
entra de Cláudio Leleu.
O Time do Cruzeiro voltou já pressionando o time do
Atlético,com a cabeça do Dedé após escanteio para fora, aos 4 minutos do segundo
tempo,
Em Seguida, o time do Atlético faz falta na lateral esquerda,e Egídio
faz a cobrança dentro da área do Galo e o volante Nilton antecipou a zaga do Galo e, cara
a cara com Giovanni, completou com o pé direito para o gol fazendo 3x1 para o
Cruzeiro aos 7 minutos do segundo tempo.
Aos 12 minutos, Éverton Ribeiro fez um belo lançamento
para o Ricardo Goulart, que entrou pela direita na área, passou por Jemerson e,
de direita, mandou para as redes do Atlético-MG, 4x1 goleada Cruzeirense.
A partir daí,de forma irônica,a torcida do cruzeiro Usou o
mantra Atleticano pedindo o repeteco dos 6 a1 de 2011. Gritando ‘’Eu
Acredito’’,os Cruzeirenses tentavam estimular seus jogadores em busca de mais
dois gols.
Após substuições de Marcelo Oliveira com entrada de
Martinuccio no lugar do Luan e o
estreante Willian no lugar do Vinicius Araujo, o Cruzeiro teve poucas
oportunidades de gols. Começando a arriscar de fora da área como em chutes de Martinuccio e Souza pela
partida.
No final da partida aos 41 minutos pra final do jogo,falta
marcada para a equipe do Atlético peloo lado direito. Marcos rocha foi para
cobrança e mandou dentro da área do cruzeiro e Gilberto Silva por pouco não
conseguiu completar o lance e a bola saiu ao lado direito do gol do Fábio.
Sem acréscimos, a partida do terminou com vitoria do time Celeste por 4x1 no Mineirão sem dó, com festa da
Torcida cruzeirense.
Mas o fato curioso é que, mesmo com goleada no placar
desfavorável, a torcida do Galo terminou o jogo gritando "é campeão",
em referência ao título da competição continental em resposta, a torcida do
Cruzeiro comemorou os três pontos e devolveu a provocação com o grito de
bicampeão, em referência ao fato de terem duas Libertadores no currículo.
CRUZEIRO 4 x 1
ATLÉTICO
Cruzeiro: Fábio; Mayke (Ceará),
Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton, Souza, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart;
Luan (Martinuccio) e Vinícius Araújo (Willian). Técnico: Marcelo Oliveira Atlético: Giovanni; Michel, Rafael
Marques, Gilberto Silva e Junior César; Lucas Cândido, Rosinei (Leleu), Marcos
Rocha e Richarlyson (Jemerson); Luan (Élder) e Alecsandro. Técnico: Cuca
Motivo: nona rodada do
Campeonato Brasileiro Estádio: Mineirão Data: 28 de julho (domingo) Árbitro: Emerson de Almeida
Ferreira (MG) Assistentes: Márcio Eustáquio
Santiago (MG) e Pablo Almeida da Costa (MG) Gols: Alecsandro (pênalti), 18,
Everton Ribeiro, 31, Ricardo Goulart, 43min do 1ºT; Nilton, 7, Ricardo Goulart,
12min do 2ºT Público: 35.689 pagantes Renda: R$ 1.815,785,00 Cartões amarelos: Richarlyson,
Marcos Rocha (ATL); Luan, Souza (CRU)
A dose de sofrimento só aumentava. O Galo foi ao Paraguai
no dia 17 de julho pelo primeiro jogo da inédita final da Copa Libertadores.
Com uma festa linda do Olímpia com seu mosaico 360° no Defensores Del Chaco em
Assunção.
A pressão no Paraguai era forte e o Galo não aguentou. O
time de Cuca que estava perdendo por 1 a 0, com um gol de Alejandro Silva, teve
um complicador aos 48 minutos do segundo tempo. Pittoni cobrou uma falta
perfeita e fez o Galo perder novamente por 2 a 0 levando a missão para Belo
Horizonte. Desta vez o palco não seria no Horto.
A torcida
acreditou! Não é milagre, é Atlético Mineiro.
Desta vez o Galo não podia atuar no Independência. O
estádio não tinha capacidade mínima para uma final de Libertadores que é 40 mil
torcedores conforme manda o regulamento da competição. O Galo teria que ir para
o Mineirão. Palco onde já havia sofrido algumas derrotas em finais de
campeonato.
O “Eu acredito!” voltou a figurar nas redes sociais e nas
falas de todos os torcedores do Atlético. O time voltou para Belo Horizonte com
o apoio da torcida às 6 horas da manhã no Aeroporto de Confins. O Galo ainda
não estava morto.
Presidente e jogadores do Olímpia acenavam para fotos com
o gesto de 4 dedos levantados em alusão da futura conquista da quarta
Libertadores para o time paraguaio. O Galo fazendo treinos secretos no CT de
Vespasiano e no Mineirão.
O Galo precisava quebrar alguns tabus. Cuca tinha fama de
fazer grandes trabalhos e ser vice-campeão sempre, a fama de azarado já
acompanhava o treinador sempre. Leonardo Silva chegou ao Atlético em 2011
desacreditado pela torcida do Atlético por vir diretamente do seu maior rival,
o Cruzeiro. Guilherme que veio com a missão de substituir Diego Tardelli que
havia sido vendido para um time Russo, tinha um fardo nas costas da
responsabilidade de fazer jus aos 6 milhões de euros investidos no jogador em
2011. Ronaldinho Gaúcho veio do Flamengo desacreditado por muitas pessoas e Jô
foi dispensado pelo Internacional por indisciplina, ambos em 2012.
O tão esperado 24 de julho de 2013 chegou. A final da
Libertadores! Nesta quarta-feira, os torcedores saiam para rua para trabalhar
com a camisa do Galo e buzinavam por todo canto de Belo Horizonte, estavam
confiantes como se tivessem ganhado a primeira partida. Todos acreditavam no
Atlético Mineiro.
Enfim campeão!
No Mineirão o lema da torcida “Yes we C.A.M” foi
estampado em seu mosaico. O maior já feito no Brasil. O Atlético encontrou
dificuldades no primeiro tempo. O time do Olímpia fez um bloqueio na defesa e
tentava assustar nos contra-ataques. No primeiro tempo o papel do time
paraguaio foi bem cumprido e o 0 a 0 foi firmado no placar.
No segundo tempo, Pittoni, que havia feito o segundo gol
em Assunção, devolveu ele para o Galo no primeiro minuto. Ao furar após um
cruzamento de Rosinei, Jô finalizou fazendo o Mineirão explodir de festa.
O Mineirão entoava com mais força o “Eu acredito!”,
jogadores, na base da raça, buscavam o segundo gol. Salgueiro teve a bola do
jogo em um contra-ataque após driblar Victor e ficar com o gol livre. O jogador
do Olímpia escorregou e o Galo continuou buscando o segundo gol.
O Olímpia ficou com um jogador a menos. O Galo procurava
o gol e conseguiu na bacia das almas. Bernard cruzou na área e Leonardo Silva
marcou o gol que selou o esforço alvinegro para empatar o placar agregado. O
Galo conseguiu a prorrogação.
Na prorrogação com um a mais, o Galo teve duas
oportunidades para selar o título ali mesmo. Réver cabeceou no travessão e
Alecsandro perdeu uma chance cara a cara com o goleiro do time paraguaio. A
disputas de pênaltis foi inevitável, mais uma vez o sofrimento estava sendo
injetado nas veias dos atleticanos.
São Victor do Horto apareceu no Mineirão desta vez. O
goleiro defendeu a primeira cobrança do Olímpia. Alecsandro, Guilherme, Jô e
Leonardo Silva converteram todos os pênaltis atleticanos. Ronaldinho talvez não
precisava bater a última cobrança.
A responsabilidade estava na mão dos Victor e nos pés de
Gímenez. Quem carimbou o título do Galo foi o travessão. O jogador paraguaio
errou a cobrança e pela primeira vez em seus 105 anos de história, o Galo se
sagrou Campeão da Copa Libertadores da América.
Campanha:
14 jogos, 9 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. 29 gols
feitos e 18 gols sofridos.
Artilharia:
Jô – 7 gols
Diego Tardelli – 6 gols
Ronaldinho – 4 gols
Bernard – 4 gols
Réver – 2 gols
Luan – 2 gols
Leonardo Silva – 1 gol
Guilherme – 1 gol
Alecsandro – 1 gol
Jogadores:
Goleiros: Victor, Lee e Giovani
Laterais: Junior César, Carlos César, Marcos Rocha e
Michel.
Zagueiros: Réver, Leonardo Silva, Rafael Marques
Volantes: Leandro Donizete, Pierre, Josué, Richarlyson,
Lucas Cândido, Rosinei e Serginho
Meias: Ronaldinho Gaúcho, Bernard e Guilherme
Atacantes: Jô, Diego Tardelli, Neto Berola, Alecsandro,
Luan e Araújo.
Técnico: Cuca
Presidente: Alexandre Kalil
Principal nome
alvinegro na competição.
Victor que cresceu como um gigante nos momentos mais
críticos do clube na competição. Três defesas de pênaltis escreveram o nome do
goleiro na história do Atlético.
A água marcou o início dessa trajetória alvinegra que
terminou no título da Copa Libertadores da América de 2013. No dia 03 de
fevereiro de 2013, Cruzeiro e Atlético fizeram o clássico que marcou a
reabertura do Mineirão em grande estilo. Talvez não para os atleticanos, o
clássico que terminou com a vitória do Cruzeiro por 2 a 1, mostrou uma
deficiência do novo estádio para o Brasil, a falta de água.
Dez dias depois, com a chegada de Diego Tardelli, o
Atlético estava recebendo o São Paulo pela Libertadores, após treze anos sem
disputar a competição. Engraçado o tão falado número treze que é o número do
Galo no jogo do bicho. Pois bem não bastava só essa coincidência envolvendo o
número treze não. O jogo de estreia foi no dia 13 de fevereiro de 2013, o ano
que seria do Galo. Dois mil e Galo para os torcedores.
Torcedor exibe copo de água que ele guarda até hoje!
Esse jogo teve o ingrediente que começou toda essa
história, á água. Cadeiras do Independência tinham um copinho de água mineral
com os seguintes dizeres “aqui tem água” provocando os rivais que se diziam
donos do Mineirão.
Mas não seria a única vez que a água seria protagonista
nesse jogo contra o São Paulo na primeira rodada do Grupo 3 da competição. Aos
15 minutos, Ronaldinho Gaúcho foi tomar um pouco de água do goleiro Rogério
Ceni no atendimento de Pierre, que estava sentindo dores, enquanto Marcos Rocha
aguardava para cobrar um simples lateral. Ronaldinho foi malandro, ele esperou
adiantado sabendo que lateral não tinha impedimento e recebeu a cobrança de
Marcos livre, enquanto Jô invadia a área e abria a estrada para o caminho do
título alvinegro. Aquela partida terminou 2 a 1 para o Galo com mais uma
assistência de R10.
Fevereiro ainda
tinha espaço para mais uma partida histórica.
Fevereiro reservava ainda mais uma partida histórica. No
dia 26, os comandados de Cuca foram para a Argentina enfrentar o Arsenal de
Sarandí. Um susto já estava reservado para aquele confronto na terra dos nossos
hermanos. Noprimeiro minuto Furch abriu o placar para o time argentino.
O Galo contava com um bambino que hoje, vale muito ouro.
Bernard mostrou que seria peça chave naquele time na competição e marcou três
gols na partida que terminou 5 a 2 para o Galo. O maior resultado de um time
brasileiro dentro dos solos argentinos. Pela primeira vez na história também,
um jogador brasileiro marcou três gols na terra dos hermanos. Tardelli também
marcou seu primeiro gol após seu retorno ao Galo.
Caminho aberto
para a classificação.
Depois de duas vitórias, o Galo já estava perto da
classificação e tinha caminho aberto para conquistá-la. O time recebeu o The
Strongest em casa pela terceira rodada
no dia 07 de março. Os bolivianos deram trabalho, mas Jô e Ronaldinho
Gaúcho marcaram os gols da vitória por 2 a 1 que deu os nove pontos em três
jogos para o Galo. Nesse jogo R10 quebrou um fantasma de não marcar um gol de
pênalti após errar três cobranças seguidas. Duas pelo Galo e uma pela Seleção
Brasileira.
Galo vence na
altitude e garante classificação
A partida no Horto contra os bolivianos foi uma partida
chata. Imagina na altitude. O Galo subiu o morro e foi enfrentar o The
Strongest em La Paz. O Galo saiu na frente com Tardelli, sofreu o empate no
final do primeiro tempo com Reina. Com sustos e algumas devolvidas de ataque no
segundo tempo, Mendez marcou contra e garantiu a quarta vitória do Galo em
quatro jogos. Vitória que garantiu a classificação.
Missão agora era
ser o melhor da primeira fase
Não existe time bobo na Libertadores isso é fato. O
Arsenal que havia perdido por 5 a 2 com o hat-trick de Bernard na segunda
rodaad, tinha acabado de empatar com o São Paulo no Morumbi. Isso havia ligado
o sinal de alerta para o Galo que não seria fácil enfrentar os argentinos.
Sem Bernard que estava com uma luxação no ombro esquerdo,
o Galo foi abrrindo uma fácil vantagem. Jô havia dado uma assistência a
Tardelli que marcou o primeiro gol dos alvinegros. O mesmo Jô havia dado uma
assistência parecida a Luan que sofreu falta fora da área, mas o juiz assinalou
pênalti. R10 cobrou e marcou o segundo gol do Atlético. Na comemoração,
Ronaldinho homenageou Tardelli com a metralhadora.
Os primeiros 22 minutos foram avassaladores, porém o Galo
sofreria uma nova baixa. O nome do Atlético na primeira fase era Diego
Tardelli. O camisa 9 do Galo que havia sentido uma fisgada no jogo anterior
contra o Tupi pelo Campeonato Mineiro sentiu a mesma dor novamente e saiu do
jogo. Tardelli ficou de fora por três semanas.
Os argentinos diminuíram, porém o Galo foi avassalador no
segundo tempo. Com direito a gol de placa de Ronaldinho Gaúcho. Os soldados do
Horto repetiram o placar de Sarandí na Argentina e goleou o Arsenal novamente
por 5 a 2.
Com baixas, Galo
sofre revés no Morumbi.
Sem Tardelli e Bernard, o Galo foi para o Morumbi tentar
eliminar o São Paulo. O tricolor jogava o tudo ou nada na competição. O empate
e a derrota não interessavam, somente a vitória interessava.
Com o apoio de 50 mil pessoas no Morumbi, o São Paulo
venceu por 2 a 0 com gols de Ademilson e Rogério Ceni de pênalti. Confirmado o novo
confronto entre os brasileiros nas oitavas de finais, Rogério saiu do jogo
afirmando que o São Paulo era o time da fé e Ronaldinho rebateu falando que
agora a história era diferente. Que o time alvinegro iria jogar sério.
ATLÉTICO PASSA
SUSTO EM TODAS AS FASES. TODAS COM SOFRIMENTO!
São Paulo começa
avassalador e Lúcio encaminha eliminação tricolor.
Primeira fase acabou, agora a história é outra. Com
vantagem de jogar todos os jogos em casa até o final, o Galo foi ao Morumbi
novamente enfrentar o São Paulo. Os tricolores estavam mordidos com a
declaração de Ronaldinho no último jogo. Com um começo alucinador, Jadson abriu
o placar com assistência de Ganso aos 8 minutos.
Ademilson teve várias chances para ampliar para o São
Paulo e não conseguiu. O Atlético conhecido por ser o clube mais azarado do
Brasil conheceu a tal da sorte. Aos 35 minutos, Lúcio fez dura falta em Bernard
e foi expulso.
O Galo cresceu no primeiro tempo e o São Paulo foi
castigado, Bernard aos 46 do primeiro tempo, cobrou escanteio na cabeça de
Ronaldinho que empatou a partida. No segundo tempo Tardelli marcou contra seu
ex-clube e deu números finais em São Paulo. O galo levava 2 a 1 de vantagem
para o Horto, seu palco preferido.
Atlético da um show
no Horto encantando toda a população sul americana.
Caiu no Horto ta morto! Mais uma história desse bairro
estava para ser escrita. Com uma aula de futebol, o Galo goleou o São Paulo por
4 a 1 e mandaram os paulistas embora da competição.
Em uma noite inspirada, Jô marcou três gols e Tardelli
novamente assombrou os torcedores do seu ex-clube. A América inteira já
conhecia o Galo, o time que foi o melhor da fase de grupos e simplesmente
detonou com um tricampeão da Libertadores e do Mundial.
No final do jogo Ronaldinho deu uma alfinetada nos são
paulinos falando que estava se divertindo na competição.
No México, o
sofrimento aumentou.
O Atleticano não sabia, mas o sofrimento iria aumentar a
cada fase que ele passava. Jogando em gramado sintético, o Galo viu o Tijuana
abrir 2 a 0 no placar.
O técnico Cuca não segurou resultado. Ele foi pro tudo ou
nada e conseguiu o tudo. Tardelli diminuiu a partida e Luan, no último minuto
da partida empatou a partida na terra da Tequila.
Para muitos a semifinal já estava garantida já que os
mexicanos conheceriam o famoso palco do Horto. Não foi bem assim...
Pânico no Horto.
Novamente o Horto, o Galo a cada jogo inovou em suas
partidas em Belo Horizonte. Com a máxima “Caiu no Horto ta morto”, todos os
torcedores foram para o Independência com a máscara do filme “O Pânico”
querendo assustar os adversários. Quem ficou em pânico foram os atleticanos.
Riascos era o nome de um cara que a torcida teria
pesadelos. Aos 25 minutos o mexicano abriu o placar no Horto que ficou em
choque. Nas bolas aéreas, o Atlético chegou ao empate com Réver.
Foi a partida mais dura de todas segundo os atleticanos.
O Tijuana chegava para finalizar a partida em diversas oportunidades no segundo
tempo e o atleticano estava em pânico. O melhor sentimento para descrever o que
os torcedores passavam por ali. Aos 46 minutos o sonho nunca esteve tão perto
de terminar. Leonardo Silva cometeu pênalti em Aguilar.
Nascia um santo no
Horto.
Silêncio na Arena Independência era incrível. Todos com
um filme na cabeça. Podia ser filmes diferentes, mas na cabeça de um atleticano
naquele estádio se passava algum filme, alguns foram embora chorando antes da
cobrança, outros queriam ir embora mas algo os prendia naquele estádio de
futebol. Pessoas choravam, pessoas viravam de costas para não ver o lance,
somente presenciar. Será que o Atlético seria eliminado? Será que a
invencibilidade do Horto chegaria ao fim? Será que o sonho teria um término? Tudo
isso era decifrado em um simples silêncio.
Riascos, que tinha tomado a bola de Arce que realizaria a
cobrança sob o mando do técnico Antonio Mohamed, foi para a cobrança. Victor
que nunca havia defendido um pênalti com a camisa do Atlético tinha a
responsabilidade de manter a chama de um sonho de uma torcida apaixonada nas
suas mãos. Mas foram os pés, para ser mais exato o pé esquerdo que deu o alívio
para a torcida alvinegra.
Riascos partiu para a cobrança chutou no meio, e Victor,
que já estava caindo para o lado direito, levantou a perna esquerda defendendo
a bola do jogador do time rubro-negro. O Independência estava tremendo nesse
momento. O Atlético segurou o resultado e se classificou, de forma dramática,
para as semifinais.
Mais sofrimento,
desta vez, na Argentina.
O Atlético enfrentava um time que tinha um trio mágico.
Figueroa, Maxi Rodriguez e Ignácio Scoco. Veio o Newell’s Old Boys da Argentina
para cima do Galo. Em Rosário, o Galo começou outro drama para sua torcida.
Com gols de Maxi Rodriguez e Scoco, o Atlético foi
derrotado na Argentina por 2 a 0. O Galo apostava novamente no Horto para
chegar ao seu sonho. Ronaldinho saiu de campo afirmando “se tivermos que deixar
sangue lá (no Horto), nós vamos deixar!”.
Santo aparece
novamente no Horto e um desacreditado entra na história do clube.
Novamente a história ficou para ser decidida no palco
predileto dos torcedores do Galo, o Horto. Com três minutos o Galo abriu o
placar com Bernard em um primeiro tempo que duraria 54 minutos.
No segundo tempo, o Galo não conseguia envolver os
argentinos e algo aconteceu. As luzes se apagaram no Horto. Cuca teve tempo
para organizar seu time e conseguiu. Guilherme, que havia entrado no lugar de
Diego Tardelli, fez um gol aos 50 minutos e 17 segundos. Lembra-se daquela
mística do 13? 5 + 0 + 1 + 7 = 13.
A partida foi para os pênaltis e novamente mais
sofrimento. Jô e Richarlyson erraram os pênaltis para o Galo, mas o Newell’s
também estava nervoso. Casco e Cruzado também erraram para os argentinos.
Ronaldinho marcou o gol e as responsabilidades da grande
final da Libertadores estavam nas mãos de Victor e nos pés de Maxi Rodriguez. O
São Victor do Horto apareceu novamente e pulou no canto esquerdo defendendo a cobrança
do argentino.
SIM O GALO ESTAVA NA FINAL DA LIBERTADORES APÓS 105 ANOS
DE HISTÓRIA!
Depois de 42 anos carente de um título de expressão, o
Galo finalmente conquistou a América. O dia 24 de julho de 2013 não sairá da
cabeça de milhões de atleticanos que estavam no estádio ou em qualquer canto do
mundo torcendo por esse momento.
Na internet temos vários vídeos mostrando o quanto a
torcida esperava por esse momento. O primeiro mostra um torcedor, que vem se
recuperando de um infarto no hospital, comemorando o título do clube alvinegro.
O segundo, mostra um torcedor filmando a torcida cantando
Vou Festejar de Beth Carvalho emocionado no Mineirão.
A
ficha ainda não caiu para os torcedores “donos da América”. Veja o depoimento de algumas torcedoras após o tão esperado título da Copa Libertadores:
“Foi inexplicável! Tinha muito cruzeirense perto de mim
zoando. Acabou o primeiro tempo e foguetes eram soltos por todos os lados. O
povo falando na minha cabeça e veio o primeiro gol, era só alegria! Já sabia
que o próximo viria, quando veio eu chorei demais. Ai veio a prorrogação, sem
gols. Nos pênaltis eu fiquei ajoelhada. O Victor defendeu, ai eu já soltei todos
os foguetes porque eu já sabia que era Galo. Depois meu pai me ligou gritando ‘é
campeão’ e naquela hora eu chorava, gritava com todos os cruzeirenses que ali
estavam, inclusive meu namorado que disse que preferia ver o Cruzeiro na segunda
divisão ao ver o Galo campeão”. Disse a torcedora Isabelle Santos.
“A verdade é que eu não acreditei. Fiquei perguntando para
minha prima se era verdade e comecei a gritar "eu tenho uma Libertadores,
eu tenho uma Libertadores" e abracei quem eu via pela frente. Sensação
única! Poderão vir outras Libertadores, mas a emoção da primeira tão esperada
vai ficar eternizada em mim. Meu pai morreu esperando por isso, e poder
vivenciar esse momento do Galo foi como entregar essa taça pra ele”. Disse a
atleticana Glauce França.
“Nossa passou tanta coisa, mas acho que o principal foi
toda nossa luta desde o início. A grande fé e esperança que envolvia os
torcedores em um time desacreditado por todos, sem histórico de Libertadores, um
técnico azarado, jogadores que eram descartados pelos outros times. O mais
importante foi a torcida que fez toda a diferença acreditou desde o inicio,
chorou e lutou junto com os jogadores. Tudo foi muito lindo”. Disse Barbara
Beatriz.
Eu já me encontrava em um estado enorme de ansiedade. Depois
que passou a prorrogação e foi para os pênaltis, eu já me ajoelhei e fiquei ali
ajoelhada. Quando eu vi aquela última bola sendo lançada na trave, eu
primeiramente agradeci a Deus e depois levantei sem rumo, andando de um lado
pro outro gritando ‘é campeão’ abraçando todo mundo que eu via pela frente,
falando eu sempre acreditei, sempre! Chorando muito, como eu estava em um bar,
eu desci correndo e fui pra rua junto com mais um monte de atleticanos e paramos
a avenida do Barreiro, começamos a cantar e gritar, e todo mundo se abraçando,
eu só sabia chorar, nada mais que isso. Depois, saímos pelas ruas do barreiro
sentada no vidro do carro, gritando “ é Galo, é Galo pra todo mundo, em
qualquer lugar que íamos estava cheio de atleticanos, e nós estávamos gritando
e chorando, cantando o hino , aquela adrenalina, depois resolvemos ir pra Praça
Sete e ficamos lá até as 4 da manhã, gritando. Foi a melhor sensação da minha
vida sem comparações! Disse a torcedora alvinegra Michele Santana.
Quarta-feira, 24/07 = 2+4+7 = 13. 13 é GALO! Chegou o grande
dia! Depois de duas semanas sem dormir direito, com dor de estômago de tanta
ansiedade, chegou o dia! Ingresso comprado, manto escolhido, bandeira pronta.
Apesar da desvantagem do galão no primeiro jogo, desde aquele jogo contra o
Tijuana, no Independência, aquela defesa milagrosa, eu tinha certeza que o galo
seria campeão. Apesar de todas as zoações, os secadores e as chapinhas dos
adversários, eu acreditava. Acreditava não, eu tinha certeza! Mineirão lotado.
Torcida feliz, cantando, acreditando, verdadeiramente acreditando! Os
atleticanos, assim como eu, sabiam que aquele dia ficaria marcado nas nossas
vidas. Sabíamos que o título seria nosso. O primeiro tempo sem gols e o coração
apertado. O gol logo no início do primeiro tempo aliviou o coração da massa. O
meu não. Coração acelerado, mãos dormentes, boca seca, vista embaçada. Fui
parar na ambulância. Não vi o segundo gol, mas ouvi. Dentro da ambulância, meu
coração disparou. Chorei muito. A enfermeira não queria me deixar voltar, mas
não poderia deixar de ver o Réver levantar a taça. Na prorrogação, quase...
Muitas vezes quase. Vamos lá... Com o Galo é sofrido mesmo. Vamos aos pênaltis.
Fiquei sabendo que uma vidente havia dito que o Olímpia ficaria com o título
nos pênaltis. Pensei nisso. Eles têm videntes, nós temos fé, jogadores, e o São
Victor. Sabia que ele nos salvaria novamente, mas não tão cedo. A defesa da
primeira batida me fez abrir um sorriso e as lágrimas já começaram a cair. O
coração continuava acelerado a cada batida até ver aquela bola na trave.
Explosão! O grito guardado há tantos anos foi liberado. Euforia, choro, emoção.
Um misto de sensações indescritíveis! Abraços em quem nem conhecia! Choro,
muito choro! Pensei no meu pai e no meu tio que faleceram sem viver essa
emoção. Pensei nos meus filhos e nas histórias que contaria a eles. Pensei nas
fases ruins, nas tantas vezes que quase chegamos. Pensei: “ Esse é o galo que
eu sempre sonhei ver!” Pensei nos adversários, naqueles que não acreditaram,
naqueles que nos menosprezaram e pensei: “Chupa!”. É complicado descrever todas
essas sensações, toda alegria e emoção. Se me fosse pedido para descrever
aquele dia em apenas uma palavra, esta seria Paixão. Paixão pelo meu Clube
Atlético Mineiro. Eu acreditei. Sempre acreditei no meu Galo. Na alegria ou na
tristeza, na saúde ou na doença, na vitória ou na derrota: Aqui é Galo!
O Cruzeiro foi ao Morumbi enfrentar o São Paulo pela
oitava rodada do Campeonato Brasileiro na noite deste sábado às 18:30. O clube
celeste que não vencia o São Paulo na competição desde 2004 teve seu indigesto
tabu quebrado com um hat-trick de Luan e a Raposa venceu os paulistas por 3 a
0.
Com o resultado, o time de Marcelo Oliveira assumiu a
vice-liderança com 15 pontos, mas pode voltar a quarta posição com os demais
jogos do domingo. Agora o Cruzeiro volta para Belo Horizonte visando a
preparação para o clássico no próximo domingo dia 28 no Mineirão. Confira os
detalhes da partida a seguir:
Primeiro tempo:
Sem emoções para as duas torcidas.
O primeiro tempo reservou poucas emoções aos
torcedores das duas equipes. Vinicius Araújo e Everton Ribeiro assustaram
Rogério Ceni no início da partida. Paulo Henrique Ganso e Osvaldo eram as
válvulas de escape do tricolor. Nas disputas entre Luan e Douglas o jogador do
time paulista estava levando a melhor em todas as divididas.
O Cruzeiro teve sua melhor chance em um cruzamento
rasteiro de Egídio e chute fraco de Everton Ribeiro que terminou na fácil
defesa de Rogério Ceni. Primeiro tempo sem emoções, placar em branco no final.
Segundo tempo:
Luan desencanta e Cruzeiro da um ponta pé em tabu.
No início do segundo tempo o São Paulo assustou os
cruzeirense no começo. Jadson finalizou dentro da área para que Fábio fizesse a
defesa. Pouco depois, Jadson, novamente, chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro
para Osvaldo que dividiu com Fábio que evitou novamente o gol.
No primeiro tempo, Douglas estava ganhando todas as bolas
que disputava com Luan. O Cruzeiro mostrou o que faltou no primeiro tempo, a eficiênca. Aos 5 minutos, Everton Ribeiro foi
acionado pela direita e cruzou na medida no pé de Luan. Douglas perdeu o tempo
da subida para cortar o cruzamento e o atacante cruzeirense emendou um belo
chute de primeira para abrir o placar no Morumbi, 1 a 0.
A marcação cruzeirense estava bem encaixada. Dedé e Bruno
Rodrigo não deixavam Jadson, Osvaldo, Luis Fabiano e Paulo Henrique Ganso
criarem grandes oportunidades. Cabia ao time visitante explorar os contra-ataques
para matar o jogo. Oportunidades não faltaram em uma delas, Egídio chegou pela
esquerda e chutou cruzado, a bola foi para fora. Ricardo Goulart passava livre
dentro da área e reclamou com o lateral-esquerdo cruzeirense.
O São Paulo teve duas chances. A primeira, aos 16
minutos, Osvaldo cruzou para Aloísio que dividiu com o goleiro Fábio. Aos 24
minutos, Osvaldo novamente acionou Aloísio que saiu na cara do goleiro
cruzeirense e chutou rasteiro. A bola passou rente a trave direita.
Quem não faz toma. O São Paulo já tinha dificuldades para
criar chances e quando criava as perdia. O Cruzeiro achou mais duas para
ampliar a vantagem. Aos 33 minutos Martinuccio acionou Vinicius Araújo que
tocou para Luan, que apareceu livre na área. O atacante chutou na saída de
Rogério Ceni marcou seu segundo gol na partida. Três minutos depois o time
celeste deu fim ao placar da partida novamente com Luan. Em outra jogada que
foi iniciada por Martinuccio, Luan dividiu com Rodrigo Caio e bateu forte no
gol dando números finais ao jogo. Cruzeiro 3 a 0.
No final, Paulo Henrique Ganso, em um belo chute, acertou
o travessão do goleiro Fábio, mas não conseguiu diminuir o contador. Fim de
jogo e tabu quebrado após nove anos sem vencer o tricolor em jogos pelo
Campeonato Brasileiro.
SÃO PAULO 0 X 3
CRUZEIRO
São Paulo: Rogério
Ceni; Douglas, Lúcio, Tolói e Clemente Rodríguez; Rodrigo Caio, Denílson
(Roni), Paulo Henrique Ganso e Jadson; Osvaldo (Silvinho) e Luís Fabiano
(Aloísio). Técnico: Paulo Autuori Cruzeiro: Fábio; Mayke (Leandrinho),
Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton e Souza; Everton Ribeiro (Martinuccio),
Ricardo Goulart (Lucca) e Luan; Vinícius Araújo. Técnico: Marcelo Oliveira
Motivo: oitava rodada do
Campeonato Brasileiro Estádio: Morumbi Data: 20 de julho (sábado) Gols: Luan, aos 5, 33 e 36
minutos do 2º tempo Árbitro: Heber Roberto Lopes
(SC) Assistentes: Kleber Lucio Gil
(SC) e Carlos Berkenbrock (SC) Cartão amarelo: não houve Pagantes: 11.675 Renda: R$ 325.545,00
Bruno Santana
bruno_santsouza@hotmail.com
@brunosantsouza
Pelo menos no primeiro jogo da semifinal da Copa
Libertadores se repetiu. O Atlético foi à Assunção, capital do Paraguai,
enfrentar o Olímpia pelo primeiro jogo da grande final da Copa Libertadores da
América na noite desta quarta-feira, dia 17 de julho de 2013. Já dizia o bom
atleticano que tudo para o Galo tem que ser difícil e o time do Atlético tornou
mais difícil ao perder o primeiro jogo da decisão por 2 a 0.
Esse filme já teve tramas parecidas na semifinal contra o
Newell’s Old Boys quando o Galo perdeu a primeira partida na Argentina por 2 a
0, devolveu o placar no Horto e levou a melhor contra os argentinos na disputa
de pênaltis. Porém nesse filme, o Galo não podia levar um gol dentro de casa,
pois teria que vencer por três gols de diferença para levar a vaga na final.
Pelo regulamento da Libertadores, na final é diferente. O
Galo precisa fazer dois gols de diferença no time paraguaio para levar a
decisão para a prorrogação. Caso a diferença de dois gols se mantenha nos 30 minutos
adicionais, o título da Copa Libertadores será decidido nos pênaltis.
A segunda batalha da final da Libertadores será na
próxima quarta-feira, dia 24 de julho, às 21:50 no Mineirão. O Galo conta com o
apoio de mais de 60 mil torcedores para ajudar a buscar o título inédito de sua
coleção. Alguns em redes sociais já entoam o lema “Eu acredito!” usado nas
semifinais, outros foram à Confins na manhã desta quinta-feira receber a
delegação com incentivo ao grupo.
Para o jogo de volta, o Galo não conta com Richarlyson,
que foi expulso na partida, e Marcos Rocha que tomou seu terceiro cartão
amarelo. Michel Alves e Júlio César devem fazer a dupla de laterais atleticana.
Alejandro Silva e Pitoni marcaram os gols do time paraguaio em Assunção.
Confira os detalhes da partida a seguir:
Primeiro tempo:
Atlético começa bem, toma gol e se perde em campo
Empurrado pelos mais de 30 mil torcedores no Defensores Del
Chaco, o Olímpia entrou em campo inspirado pelo mosaico 360 graus e 3D que a
torcida paraguaia armou para o time. Mas o Atlético entrou consciente na partida
em Assunção. Valorizando a posse de bola e os toques curtos, o time de Cuca
conseguia armar boas tramas no início do jogo. Aos 6 minutos, Marcos Rocha
acionou Tardelli por elevação. A zaga cortou mal e a bola sobrou limpa para o
camisa 9 atleticano emendar para as redes. Porém, Tardelli estava poucos
centímetros adiantado e o gol foi anulado corretamente pelo auxiliar.
Luan e Tardelli eram as válvulas de escape do Galo.
Ronaldinho Gaúcho seria a mente que teria que trabalhar e acionar os dois. Mas
a marcação paraguaia anulou o camisa 10 na partida inteira.
Novamente com Marcos Rocha, o lateral atleticano acionou
Tardelli que chegou livre na grande área, mas emendou para o lado de fora da
rede esquerda de Martín Silva. O Atlético estava melhor na partida, mas foi
castigado por uma falha na marcação que resultou no primeiro gol do Olímpia na
partida. Aos 22 minutos, Alejandro Silva partiu da lateral direita cortando
para dentro, deixando a defesa atleticana toda assistir sua partida. Fora da
área, o jogador chutou forte e rasteiro no canto direito de Vítor que viu a
bola bater na trave antes de entrar no gol. Defensores Del Chaco foi abaixo na
comemoração, Olímpia 1 a 0.
O Galo sentiu o gol. Tardelli e Luan não sabiam por onde
jogavam mais. O Olímpia, vendo um Galo recuado, fez questão de empurrar o time
brasileiro para a defesa. O Galo só apareceu uma vez depois do gol. Marcos
Rocha, novamente, acionou Tardelli pela direita que dividiu com o goleiro e
levou a pior no lance.
O Olimpia por pouco não chegou ao segundo gol em jogada de Salgueiro. Ele
limpou Richarlyson pela esquerda e chutou. A bola desviou na defesa e quase
enganou o goleiro Victor. Em seguida, o mesmo atacante apareceu livre pela
esquerda, Victor ficou indeciso se saía ou não e Pierre salvou na hora exata. A
expectativa de gols do Galo ficou para a etapa final.
Segundo tempo:
Galo busca gol de empate, mas é castigado no final.
Mantendo o time que começou a partida, o Galo veio para o
segundo tempo em busca do gol de empate e chegou a merecê-lo, mas não
conseguiu. Diego Tardelli e Luan mudaram de lado e o time voltou a trabalhar as
pontas no ataque como no começo do primeiro tempo. Aos 3 minutos, Luan acionou
Tardelli que entrou livre pela linha de fundo pela direita. O atacante chutou
cruzado. Ronaldinho Gaúcho ficou desesperado, pois fechava o lance livre do
outro lado.
Ronaldinho não conseguia se desvencilhar da marcação.
Cuca esperou até os 20 minutos e sacou o camisa 10, coisa rara de acontecer, e
entrou contando com Guilherme, a estrela que brilhou na semifinal contra o
Newell’s Old Boys. Rosinei foi acionado no lugar de Luan.
O Atlético melhorou de produção. O Olímpia apostava nos contra-ataques dentro
de casa para matar a partida. Guilherme acionou Jô que saiu na cara do goleiro,
mas Martín defendeu o chute rasteiro do camisa 7 atleticano com o pé esquerdo.
A
última cartada de Cuca foi a entrada de Alecsandro, que entrou na vaga de Jô. A
chance mais clara, no entanto, foi do Olimpia. Richarlyson foi facilmente
driblado e a bola sobrou para Bareiro, que chutou e Leonardo Silva salvou. No
rebote, Salgueiro perdeu um gol feito, sem goleiro, concluindo para fora. Em
seguida, Bareiro entrou pela área e bateu à direita de Victor. Aos 47min, veio
o castigo que o Galo não merecia. Aos 48, Pittoni cobrou falta na entrada da
área e acertou o ângulo de Victor, que foi atrapalhado por Alecsandro e não
pulou para a defesa. Olímpia2 a 0.
Missão mais complicada para o Alvinegro no Mineirão, mas não impossível para
seus torcedores apaixonados.
OLIMPIA 2 X 0
ATLÉTICO
OLIMPIA: Martín Silva; Candia,
Manzur, Miranda e Benítez; Pittoni, Aranda, Matías Gimenez (Ferreyra) e
Alejandro Silva; Salgueiro (Paredes) e Bareiro. Técnico: Hugo Ever Almeida ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha,
Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Pierre, Josué, Ronaldinho Gaúcho
(Guilherme) e Diego Tardelli; Luan (Rosinei) e Jô (Alecsandro). Técnico: Cuca
Motivo: primeiro jogo da final
da Copa Libertadores Local: Estádio Defensores del
Chaco, em Assunção Data: quarta-feira, 17 de julho Árbitro: Néstor Pitana (ARG) Assistentes: Hernán Maidana e
Juan P. Belati (ambos da Argentina) Gols: Alejandro Silva, 22min do
1ºT; Pittoni, aos 48min do 2ºT Cartões amarelos: Matías
Gimenez, Miranda, Alejandro Silva, Pittoni (OLI); Josué, Richarlyson, Marcos
Rocha (ATL) Cartão vermelho: Richarlyson
Pela primeira vez nos seus 105 anos de história, o Atlético
entra em campo hoje pela primeira vez na final da Copa Libertadores da América
diante o Olímpia do Paraguai. Momento especial e histórico para sua torcida que
espera há 42 anos por um título de expressão no cenário nacional e mundial.
Foto: Alexandre Guzanshe EM/ D.A Press
Dono da melhor campanha da primeira fase, o Galo tenta
quebrar diante dos Paraguaios a marca de nenhum time que terminou com a melhor
campanha na fase de grupos desde 2006, ter vencido a competição.
Com as voltas de Rosinei e Réver, que estavam suspensos, e
com o desfalque de Bernard, que cumpre suspensão automática, e Leandro
Donizete, que ainda vem se recuperando de contusão na coxa direita, o técnico
Cuca viajou com toda delegação para Assunção visando a preparação para a
partida no estádio Defensores Del Chaco.
Com isso a dúvida fica no meio de campo. Cuca escalará
Rosinei que vem de boas atuações no Campeonato Brasileiro para reforçar a
marcação, ou escalará Luan mantendo o esquema ofensivo na frente com o
quarteto? Vale lembrar que com esse esquema o Atlético teve dificuldades para
atuar nos primeiros jogos diante o Tijuana e o Newell’s Old Boys. O técnico
alvinegro ainda não revelou o que será feito para essa partida.
A primeira partida desse momento histórico para o Atlético e
sua torcida será nessa quarta-feira às 21:50 horário de Brasília. O jogo de
volta está marcado para a próxima quarta-feira, dia 24 também às 21:50 no Mineirão.
OLIMPIA X ATLÉTICO
OLIMPIA: Silva; Candia, Manzur,
Miranda e Benítez; Mazacotte, Pittoni, Aranda e Salgueiro; Bareiro e Alejandro
Silva (Prono). Técnico: Hugo Ever Almeida ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha,
Réver, Leonardo Silva e Richarlyson; Pierre, Josué, Ronaldinho, Diego Tardelli
e Luan (Rosinei); Jô. Técnico: Cuca
Motivo: jogo de ida da final da
Copa Libertadores Local: Estádio Defensores del
Chaco, em Assunção (Paraguai) Data: quarta-feira, 17 de julho
de 2013, às 21h50 Árbitro: Néstor Pitana (ARG) Assistentes: Hernán Maidana e
Juan P. Belati (ambos da Argentina)
O Cruzeiro recebeu o Náutico na noite deste domingo pela
sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Com a venda de Diego Souza e as contusões
de Borges e Dagoberto, Vinícius Araújo, Ricardo Goulart e Lucca mostraram que
Marcelo Oliveira tem um elenco que dá conta do recado e venceu o Timbú por 3 a
0 no Mineirão.
Foto: Leandro Couri/ D.A.Press
Com o resultado, a Raposa chegou a quarta posição com 12
pontos. Agora as atenções do time celeste voltam à Copa do Brasil quando o time
irá enfrentar o Atlético-GO, no Serra Dourada, em Goiânia, pelo jogo de volta
da terceira fase da competição. O time mineiro já está praticamente
classificado para as oitavas de final após golear o Dragão na última terça-feira
por 3 a 0.
O Cruzeiro segue 100% no Mineirão com doze vitórias em
doze jogos. Ricardo Goulart e Vinícius Araújo, duas vezes, marcaram os gols da
Raposa na partida. Confira os detalhes do jogo a seguir:
Primeiro tempo:
Cruzeiro abusa das laterais e abre o placar.
Cruzeiro e Náutico fizeram um jogo repleto de passes
errados durante os 90 minutos de partida. Porém as duas equipes, principalmente
a Raposa que dominou as ações do meio de campo, não deixaram de criar
oportunidades.
O Cruzeiro abusava das laterais para atacar os
pernambucanos, e foi pela lateral esquerda que Lucca, que chegou à linha de
fundo, cruzou na perna direita de Ricardo Goulart, que estava na pequena área,
completar para o fundo das redes abrindo o placar no Mineirão, 1 a 0.
O Náutico assustou aos 18 minutos. Magrão encontrou
Rogério livre, mas o atacante errou a finalização, que passou rente ao gol de
Fábio.
Dedé apresentou a fragilidade do Cruzeiro na partida. O
camisa 26 furou, aos 28 minutos, na grande área. Rogério entrou na grande área
e preparou o chute para o gol de Fábio, mas na hora de mandar o tiro para o
gol, foi interceptado pelo próprio zagueiro cruzeirense.
Por sua vez, o time estrelado teve outra clara oportunidade de gol. Lucca pegou
escanteio de primeira para bela defesa de Ricardo Berna. O Cruzeiro desceu para
o vestiário com a vantagem magra no placar, 1 a 0.
Segundo tempo:
Ricardo Goulart e Vinícius Araújo garantem vitória cruzeirense
Assim como no primeiro tempo, o Cruzeiro marcou cedo no
segundo tempo. Everton Ribeiro passou para Vinícius Araújo dentro da área para
ampliar a partida no Gigante da Pampulha, 2 a 0.
As laterais ainda era a melhor arma do Cruzeiro na
partida. Aos 13 minutos, Mayke colocou a bola na cabeça de Ricardo Goulart que
teve cabeceio cortado por Maranhão. Aos 18 minutos, Nilton testou para fora.
Com os nomes dos dois primeiro tentos cruzeirenses, a vitória celeste foi
selada aos 24 minutos. Em bela jogada pela esquerda, Ricardo Goulart avançou,
driblou João Felipe e cruzou para Vinícius Araújo marcar o seu segundo gol na
partida. 3 a 0 no Mineirão.
Derrotado, o Náutico já não conseguia criar mais oportunidades. O Cruzeiro
seguiu perdendo oportunidades, mas não marcou mais nenhum gol no Mineirão.
Cruzeiro de volta no G4 do Campeonato Brasileiro.
CRUZEIRO 3 X 0
NÁUTICO
CRUZEIRO: Fábio; Mayke, Dedé,
Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton, Souza, Everton Ribeiro e Lucca (Martinuccio);
Ricardo Goulart (Tinga) e Vinícius Araújo (Anselmo Ramon). Técnico: Marcelo
Oliveira NÁUTICO: Ricardo Berna;
Maranhão, João Filipe, William Alves e Eltinho; Auremir, Derley, Magrão
(Jonatas Beluso) e Marcos Vinícius (Dada); Rogério e Oliveira. Técnico: Zé
Teodoro
Motivo: Sétima rodada do
Campeonato Brasileiro Gols: Ricardo Goulart e
Vinícius Araujo (duas vezes) Local: Estádio Mineirão, em
Belo Horizonte Data: 14 de julho de 2013,
domingo Horário: 18h30 Cartões amarelos: João Felipe,
Magrão, Derley, do Náutico. Tinga, do Cruzeiro Arbitro: Márcio Chagas da Silva
(RS) Assistentes: Altemir Hausmann
(RS) e Rafael da Silva Alves (RS) Público pagante: 15.528 Renda: R$ 639.980
Bruno Santana bruno_santsouza@hotmail.com @brunosantsouza
Visando a partida mais importante da história do clube na
quarta-feira, a final da Libertadores contra o Olímpia, o Atlético foi com uma
equipe recheada de reservas para enfrentar o Corinthians no Pacaembu, local
onde o clube paulista não perdia a 19 partidas, e venceu o atual campeão da
Libertadores por 1 a 0.
Com o resultado o Galo deu um salto na tabela, pulando
para a nona posição com dez pontos, cinco a menos que o líder Coritiba. A
delegação atleticana agora volta para Belo Horizonte onde ficará concentrada
até a manhã desta segunda-feira e embarcará para Assunção visando a preparação
da grande decisão da Copa Libertadores contra o Olímpia na quarta-feira no
estádio Defensores Del Chaco.
Rosinei marcou o gol da vitória atleticana em São Paulo.
Confira os detalhes da partida a seguir:
Primeiro tempo:
Atlético sai na frente com Rosinei
O Atlético viu o Corinthians atacar no começo da partida.
Mas soube administrar diminuindo ímpeto do ataque corintiano. Aos 7 minutos,
Romarinho assustou a defesa atleticana. Após passar por dois marcadores, o
velocista chegou a cara do goleiro Victor e bateu cruzado, rente a trave
esquerda do goleiro atleticano, para fora.
O time corintiano detinha a maior posse de bola na
partida, mas o Atlético, comandado por Bernard, fazia suas investidas
apresentando bastante perigo. Aos 11 minutos, Réver marcou de cabeça, mas o
assistente marcou impedimento polêmico no Pacaembu anulando o gol mineiro.
Victor, em grande fase, foi o grande nome do Galo no jogo.
Ele salvou o Galo em chute longo de Ralf e depois em finalização perigosa de
Alexandre Pato.
O Galo não deixava o Corinthians dominar de vez a partida e, com isso, abriu o
placar. Aos 36 minutos, Bernard, pela esquerda, fez cruzamento rasteiro para o volante
Rosinei tocar para o fundo das redes do goleiro Cássio. Galo 1 a 0 no Pacaembú.
Segundo tempo: Galo administra
vantagem obtida no primeiro tempo
O Galo procurou administrar a vantagem, Réver sentiu um
incômodo na coxa e foi substituído por Lucas Cândido. No começo da segunda
etapa, Alexandre Pato chutou a bola à esquerda do goleiro Victor para fora.
Satisfeito com a vantagem, o Atlético voltou bem tranquilo para o segundo
tempo, apenas esperando a pressão corintiana para tentar aproveitar algum
contra-ataque. A única boa chance foi com Rosinei, que errou um peixinho na
pequena área e perdeu a oportunidade de ampliar o placar.
Ibson e Alexandre Pato não faziam boa partida. No lado do
Galo Neto Berola, com câimbra, e Júnior César, com uma entorse no tornozelo
direito, deram vaga para Luan e Marcos Rocha, que foi improvisado na lateral
esquerda.
Guilherme teve oportunidade, de cabeça, aos 7 minutos. Mas a
bola foi para fora. Após cruzamento pela direita aos 20 minutos, Rosinei chegou
atrasado no peixinho e a bola foi para fora perdendo uma excelente chance de
ampliar o placar em São Paulo.
Quando as coisas davam certo, Victor estava no gol para tirar qualquer
esperança corintiana. Herói da classificação do Galo para a final da
Libertadores, o goleiro parou uma cabeçada de Pato e foi seguro em todos os
outros lances.
O Corinthians tinha pouca inspiração ofensiva para mudar o panorama do jogo.
Alexandre Pato saiu da partida, para a entrada de Leo, vaiado pela torcida.
Vale lembrar que o atacante custou aos cofres corintianos 40 milhões de reais e
até hoje não emplacou uma boa sequência no time corintiano. Com isso, o Galo
conseguiu assegurar sua primeira vitória fora de casa na competição e tirar a
invencibilidade corintiana após 19 jogos no Pacaembu.
CORINTHIANS 0 X 1 ATLÉTICO
Corinthians: Cássio, Edenílson, Gil,
Paulo André (Paulo Victor) e Fábio Santos; Ralf e Guilherme; Ibson, Romarinho e
Alexandre Pato (Leo); Paolo Guerrero. Técnico: Tite Atlético: Victor, Michel, Rafael
Marques, Gilberto Silva e Junior César (Marcos Rocha); Réver (Lucas Cândido),
Rosinei, Bernard, Guilherme e Neto Berola (Luan); Alecsandro. Técnico: Cuca
Gol: Rosinei (36min/1ºT) Cartões amarelos: Michel, Luan,
Guilherme (ATL), Guilherme, Fábio Santos (COR) Cartão vermelho: não houve Motivo: oitava rodada do
Campeonato Brasileiro Estádio: Pacaembu, em São Paulo
(SP) Data: 14/07/2013, domingo, às
16 horas Árbitro: Wilton Pereira Sampaio
(GO) Assistentes: Fabricio Vilarinho da
Silva (GO) e Marrubson Melo Freitas (DF)
O dia era 10 de julho de 2013. Na verdade, já era 11 de
julho de 2013. O horário, por volta de meia-noite e vinte. Antes disso,
vamos contar toda a história.
Em campo, Atlético Mineiro e Newell's Old Boys. O jogo era no estádio
Independência, onde o Galo ainda não perdeu após a reinauguração (e lá se
vão 54 partidas como mandante, 38 no Horto). Após perder por 2 a 0 na ida, na
Argentina, o caminho na luta pela vaga na inédita final da Libertadores foi um
pouco complicado.
O fator motivacional: a mística da arena do Horto.
O início do jogo parecia confirmar que a motivação que tomou conta do
torcedor alvinegro durante a semana tinha fundamento: três minutos, o genial
Ronaldinho mete bola para Bernard, que não desperdiça. Dali pra
frente, o bom e velho sofrimento. Jogadores lesionados, apagão dos refletores,
enorme pausa. E um pouco mais de sofrimento, é claro.
Cuca comemora com o questionado Guilherme Foto: Flickr Atlético Mineiro
Após o benéfico apagão, eis que Cuca olha para seu
banco de reservas e promove duas alterações (já havia colocado o atacante
Luan no lugar do volante Pierre). Alecsandro e Guilherme entraram nas vagas dos
incontestáveis Bernard e Tardelli. Ao contrário dos titulares, Guilherme, sim,
volta e meia é muito questionado por boa parte da torcida.
Defendido pelo treinador e pelo presidente do clube, teve sua chance.
Dominou no peito e finalizou para o gol, quando o relógio marcava 50
minutos da etapa complementar. Gol. Teríamos pênaltis no Horto, graças a
Guilherme, que poderia ter ido embora meses atrás, quando a pressão
sobre ele parecia forte demais.
Alecsandro, Scocco, Guilherme (ele de novo) e Vergini guardaram as quatro
primeiras cobranças. Veio Jô e... perdeu. Desespero no Horto. Mas Casco também
errou o dele na sequência. Veio Richarlyson e... perdeu também! Mais aflição.
Mas não é que Cruzado também desperdiçaria outro penal?
O roteiro estava escrito. A última cobrança era do R10, maior ídolo recente da
história alvinegra. Ele fez. Veio o experiente e bom de bola Maxi Rodríguez
pelo lado argentino. Debaixo das traves, outro ídolo recente: Victor. Não teve
jeito para os argentinos. A história já estava pronta. O goleiro santo pegou
mais um pênalti decisivo, assim como na fatídica partida das quartas contra o
Tijuana, e colocou o Galo em sua primeira final de Libertadores.
O goleiro salvador Foto: Flickr Atlético Mineiro
E quem diria que o Atlético Mineiro, um time que tem em sua
história vários momentos infelizes, de dor, onde tudo tendia a dar errado, se
classificaria em duas fases consecutivas da maior competição do continente
com pênaltis defendidos "na bacia das almas" em jogos muito
complicados? E comandado pelo "azarado" Cuca...
E quem apostaria que o gol que devolveu o Galo ao torneio seria marcado pelo
criticado Guilherme? Sem falar que Bernard, também já questionado por
alguns em um (aparente) momento de despedida do clube, abriu o placar.
Coisas que só o futebol explica. Só ele e seu poder de levantar aqueles
que, aparentemente, já estavam caídos.
Mas sabe o que eu não consigo mesmo entender? Como ainda existe gente que não
gosta?