31 de jul. de 2013

FIM DA MÍSTICA, PRIMEIRO TIME SAI VIVO DO HORTO!

Nem tudo é para sempre. Depois de quase dois anos invicto como mandante, o Atlético conheceu a derrota dentro do seu terreiro. O time que não havia perdido na Arena Independência em maio de 2012, conheceu sua primeira derrota para o Atlético Paranaense na noite desta quarta-feira pela décima rodada do Campeonato Brasileiro.

O Atlético até saiu na frente com um gol de Bernard que recebeu seu segundo cartão amarelo e foi expulso após tirar a camisa. Com um a mais e faltando pouco mais de dez minutos para o final da partida, o Galo não conseguiu segurar o Furacão e terminou a partida com o primeiro revés no Horto.

O Galo agora centra suas atenções no Flamengo no domingo às 16 horas no Mané Garrincha em Brasília. Confira os detalhes da partida a seguir:

O jogo

Sem Ronaldinho Gaúcho no time titular e Rosinei no banco, ambos gripados, o Galo entrou com Luan responsável por armar o time atleticano. Aos 5 minutos, Bernard deixou Tardelli em boas condições para cruzar para a área. Josué chegou livre na grande área e chutou de primeira. A bola passou por cima da meta do clube paranaense Aos 9 minutos Rocha acionou Bernard na área que também chutou por cima.

O jogo feio estava presente no Horto. Nenhuma chance clara foi criada por um bom tempo. Aos 36 minutos os visitantes assustaram com Elias que mandou um chute forte de fora da área, mas foi defendido pelo goleiro Victor.

Sentindo dores no joelho esquerdo Jô deu vaga para Alecsandro aos 39 minutos. Primeiro tempo feio e sem alteração no placar, 0 a 0.

No segundo tempo, Cuca tentou soltar mais o time ao tirar o volante Pierre e acionando o lateral direito Michel. O substituto e Marcos Rocha ficaram se alternando na marcação e o meio de campo.

O segundo tempo continuou fraco. Cuca então decidiu usar sua última sacada para tentar dar ânimo ao Atlético, Luan deu lugar a Neto Berola. Depois disso, os gols saíram na partida. Aos 35 minutos Berola saiu em disparada e acionou Bernard para chutar na saída do goleiro e marcar o gol do Galo na partida. Ao comemorar, o meia tirou a camisa e recebeu seu segundo amarelo e consequentemente, sendo expulso pelo árbitro Paulo César de Oliveira.
Foto: Gil Leonard/ Lancepress
O Atlético sofreu a virada. Ela veio em dois minutos. Aos 40, Everton recebeu na área e bateu cruzado para empatar para os paranaenses: 1 a 1. Dois minutos depois, a virada, com Éderson aproveitando cruzamento: 2 a 1.

O Galo quase empatou, aos 47 minutos, com Alecsandro, que carimbou o travessão. Um minuto depois, Tardelli, de falta, mandou para as redes, mas o árbitro Paulo Cesar Oliveira invalidou, pois não tinha autorizado a cobrança. Fim de partida e fim da mística “Caiu no Horto, tá morto!”.

ATLÉTICO-MG 1 X 2 ATLÉTICO-PR


Atlético: Victor, Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Junior César; Pierre (Michel), Josué, Diego Tardelli, Luan (Neto Berola) e Bernard; Jô (Alecsandro). Técnico: Cuca
Atlético-PR: Weverton, Léo, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; Bruno Silva (Zezinho), Juninho, Everton e Elias (Felipe); Marcelo e Dellatorre (Éderson). Técnico: Vágner Mancini

Motivo: 10ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 31/07/2013
Gols: Bernard, 35 min 2ºT; Everton, 40min 2ºT; Éderson, 42min 2ºT
Árbitro: Paulo Cesar Oliveira (SP)
Assistentes: Alberto Poletto Masseira (SP) e Vanderson Antonio Zanotti (ES)
Cartão amarelo: Bruno Silva (ATL-PR); Leonardo Silva, Tardelli (ATL)
Cartão vermelho: Bernard (ATL)

Bruno Santana
bruno_santsouza@hotmail.com
@brunosantsouza
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28 de jul. de 2013

CRUZEIRO GOLEIA MISTÃO DO GALO, CARIMBA FAIXA E ASSUME A LIDERANÇA DO CAMPEONATO BRASILEIRO.

Titulares de Marcelo fazem 4 a 1 no time quase reserva de Cuca. Alecsandro marca, mas virada vem com Éverton Ribeiro, Nilton e Ricardo Goulart (2).

Apresentação:


Antes de a bola rolar, o Cruzeiro apresentou seu novo reforço. Num carro-forte, para representar o valioso patrimônio do clube, Júlio Baptista chegou ao gramado. A apresentação seguiu depois, mas a chegada foi inusitada.

O meia Júlio Baptista foi apresentado oficialmente como jogador do Cruzeiro na tarde desta sexta-feira, momentos antes da partida contra o Atlético-MG, no Mineirão. O jogador chegou ao gramado em um carro forte, com os dizeres ‘Patrimônio do Sócio do Futebol’.

Júlio Baptista foi recebido com festa pela torcida do Cruzeiro. Disse que está muito feliz pela recepção calorosa dos cruzeirenses, que fizeram festa no aeroporto e na sede do clube, e espera ajudar e retribuir em campo. Ele deve voltar à Espanha nesta segunda-feira para resolver assuntos pessoais e voltar a Belo Horizonte, em definitivo no próximo final de semana. O reforço celeste pediu prazo de três semanas para estrear pelo novo clube.  

Sobre a partida, não respirou o tradicional Cruzeiro e Atlético-MG, nem mesmo o domingo Nem parecia um clássico, um dos que tem maior rivalidade no país. A semana amanheceu com aquele ar tenso reservado aos dias em que uma cidade se divide.

A conquista da Taça Libertadores pelo Atlético, ainda tão recente, na quarta-feira, tirou do Galo qualquer responsabilidade ou necessidade de mostrar bom futebol diante do arquirrival Cruzeiro. Até as arquibancadas estavam neste clima, sobretudo pelo lado Alvinegro, que tiveram acesso a apenas 10% dos ingressos.

Por isso, um dos grandes clássicos do Brasil ficou restrito em importância e responsabilidade a apenas um lado, apesar dos discursos de ambos de que vencer sempre é preciso. Com o time praticamente completo, o Cruzeiro entrou em campo com a missão, quase obrigatória, de vencer o rival, e como satisfação a seu torcedor, carimbar a faixa rival.

Clássico começou nervoso, mas bastante corrido.

A primeira finalização do jogo foi do Cruzeiro. Luan bate fraco da entrada da área e a bola vai para fora. Sem perigo para o gol de Giovanni, aos 5 minutos do primeiro tempo.

Primeiro lance de perigo, o Cruzeiro bateu escanteio pela direita e a bola passou com perigo pela área. Ninguém conseguiu a finalização.

Logo Após 16 minutos do primeiro tempo, pênalti para o Atlético-MG. Dedé derruba Marcos Rocha na entrada da área. Em seguida, aos 18 minutos, Alecssandro bateu o pênalti muito bem no alto sem chances para o goleiro Fábio, 1 a 0 para o Atletico.

Na Partida Cruzeiro chegava com perigo,após cruzamento de Ceará com perigo pela direita, a bola encontrou Vinícius de Araújo pela esquerda,que entrou na área e bateu para a defesa do goleiro Giovanni.

Aos  31 minutos,  Luan recuperou a bola pela esquerda e rolou para trás. Everton Ribeiro, com tranquilidade, dominou dentro da área e bateu de perna esquerda para marcar o gol de empate sobre o Atlético.

Após o empate a torcida do cruzeiro cantou e empurrou o time ajudando para ver se cruzeiro revertesse o placar.

Como  aconteceu quase no final do primeiro tempo aos 41 minutos, Depois da cobrança de escanteio pela esquerda, Vinícius Araújo dominou, limpou e bateu cruzado. A bola encontrou Ricardo Goulart, na pequena área, e o meia completou para o fundo das redes de Giovanni, 2 a 1 Cruzeiro.

O jogo iria aos 48 minutos acréscimo dado pelo juiz,mas acabou terminando aos 47 minutos do primeiro tempo.

Na volta do Segundo tempo,Atlético fez 2 alterações no time ,Cuca acabou tirando Richarlyson pra entrada de Jemerson ao time e Rosinei para entra de Cláudio Leleu.

O Time do Cruzeiro voltou já pressionando o time do Atlético,com a cabeça do Dedé após escanteio para fora, aos 4 minutos do segundo tempo,

Em Seguida, o time do Atlético faz falta na lateral esquerda,e Egídio faz a cobrança dentro da área do Galo e o  volante Nilton antecipou a zaga do Galo e, cara a cara com Giovanni, completou com o pé direito para o gol fazendo 3x1 para o Cruzeiro aos 7 minutos do segundo tempo.

Aos 12 minutos,  Éverton Ribeiro fez um  belo lançamento para o Ricardo Goulart, que entrou pela direita na área, passou por Jemerson e, de direita, mandou para as redes do Atlético-MG, 4x1 goleada Cruzeirense.

A partir daí,de forma irônica,a torcida do cruzeiro Usou o mantra Atleticano pedindo o repeteco dos 6 a1 de 2011. Gritando ‘’Eu Acredito’’,os Cruzeirenses tentavam estimular seus jogadores em busca de mais dois gols.

Após substuições de Marcelo Oliveira com entrada de Martinuccio no lugar do Luan e  o estreante Willian no lugar do Vinicius Araujo, o Cruzeiro teve poucas oportunidades de gols. Começando a arriscar  de fora da área como em chutes de Martinuccio e Souza pela partida.

No final da partida aos 41 minutos pra final do jogo,falta marcada para a equipe do Atlético peloo lado direito. Marcos rocha foi para cobrança e mandou dentro da área do cruzeiro e Gilberto Silva por pouco não conseguiu completar o lance e a bola saiu ao lado direito do gol do Fábio.

Sem acréscimos, a  partida do terminou com vitoria do time Celeste por 4x1 no Mineirão sem dó, com festa da Torcida cruzeirense.
Rodrigo Clemente/EM/DAPress

Mas o fato curioso é que, mesmo com goleada no placar desfavorável, a torcida do Galo terminou o jogo gritando "é campeão", em referência ao título da competição continental em resposta, a torcida do Cruzeiro comemorou os três pontos e devolveu a provocação com o grito de bicampeão, em referência ao fato de terem duas Libertadores no currículo.

CRUZEIRO 4 x 1 ATLÉTICO

Cruzeiro: Fábio; Mayke (Ceará), Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton, Souza, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart; Luan (Martinuccio) e Vinícius Araújo (Willian). Técnico: Marcelo Oliveira
Atlético: Giovanni; Michel, Rafael Marques, Gilberto Silva e Junior César; Lucas Cândido, Rosinei (Leleu), Marcos Rocha e Richarlyson (Jemerson); Luan (Élder) e Alecsandro. Técnico: Cuca

Motivo: nona rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Mineirão
Data: 28 de julho (domingo)
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Assistentes: Márcio Eustáquio Santiago (MG) e Pablo Almeida da Costa (MG)
Gols: Alecsandro (pênalti), 18, Everton Ribeiro, 31, Ricardo Goulart, 43min do 1ºT; Nilton, 7, Ricardo Goulart, 12min do 2ºT
Público: 35.689 pagantes
Renda: R$ 1.815,785,00
Cartões amarelos: Richarlyson, Marcos Rocha (ATL); Luan, Souza (CRU)

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LAGRIMAS DE UM ALÍVIO. GALO É CAMPEÃO!

Susto desta vez foi no Paraguai.

A dose de sofrimento só aumentava. O Galo foi ao Paraguai no dia 17 de julho pelo primeiro jogo da inédita final da Copa Libertadores. Com uma festa linda do Olímpia com seu mosaico 360° no Defensores Del Chaco em Assunção.

A pressão no Paraguai era forte e o Galo não aguentou. O time de Cuca que estava perdendo por 1 a 0, com um gol de Alejandro Silva, teve um complicador aos 48 minutos do segundo tempo. Pittoni cobrou uma falta perfeita e fez o Galo perder novamente por 2 a 0 levando a missão para Belo Horizonte. Desta vez o palco não seria no Horto.

A torcida acreditou! Não é milagre, é Atlético Mineiro.

Desta vez o Galo não podia atuar no Independência. O estádio não tinha capacidade mínima para uma final de Libertadores que é 40 mil torcedores conforme manda o regulamento da competição. O Galo teria que ir para o Mineirão. Palco onde já havia sofrido algumas derrotas em finais de campeonato.

O “Eu acredito!” voltou a figurar nas redes sociais e nas falas de todos os torcedores do Atlético. O time voltou para Belo Horizonte com o apoio da torcida às 6 horas da manhã no Aeroporto de Confins. O Galo ainda não estava morto.

Presidente e jogadores do Olímpia acenavam para fotos com o gesto de 4 dedos levantados em alusão da futura conquista da quarta Libertadores para o time paraguaio. O Galo fazendo treinos secretos no CT de Vespasiano e no Mineirão.

O Galo precisava quebrar alguns tabus. Cuca tinha fama de fazer grandes trabalhos e ser vice-campeão sempre, a fama de azarado já acompanhava o treinador sempre. Leonardo Silva chegou ao Atlético em 2011 desacreditado pela torcida do Atlético por vir diretamente do seu maior rival, o Cruzeiro. Guilherme que veio com a missão de substituir Diego Tardelli que havia sido vendido para um time Russo, tinha um fardo nas costas da responsabilidade de fazer jus aos 6 milhões de euros investidos no jogador em 2011. Ronaldinho Gaúcho veio do Flamengo desacreditado por muitas pessoas e Jô foi dispensado pelo Internacional por indisciplina, ambos em 2012.

O tão esperado 24 de julho de 2013 chegou. A final da Libertadores! Nesta quarta-feira, os torcedores saiam para rua para trabalhar com a camisa do Galo e buzinavam por todo canto de Belo Horizonte, estavam confiantes como se tivessem ganhado a primeira partida. Todos acreditavam no Atlético Mineiro.

Enfim campeão!

No Mineirão o lema da torcida “Yes we C.A.M” foi estampado em seu mosaico. O maior já feito no Brasil. O Atlético encontrou dificuldades no primeiro tempo. O time do Olímpia fez um bloqueio na defesa e tentava assustar nos contra-ataques. No primeiro tempo o papel do time paraguaio foi bem cumprido e o 0 a 0 foi firmado no placar.

No segundo tempo, Pittoni, que havia feito o segundo gol em Assunção, devolveu ele para o Galo no primeiro minuto. Ao furar após um cruzamento de Rosinei, Jô finalizou fazendo o Mineirão explodir de festa.

O Mineirão entoava com mais força o “Eu acredito!”, jogadores, na base da raça, buscavam o segundo gol. Salgueiro teve a bola do jogo em um contra-ataque após driblar Victor e ficar com o gol livre. O jogador do Olímpia escorregou e o Galo continuou buscando o segundo gol.

O Olímpia ficou com um jogador a menos. O Galo procurava o gol e conseguiu na bacia das almas. Bernard cruzou na área e Leonardo Silva marcou o gol que selou o esforço alvinegro para empatar o placar agregado. O Galo conseguiu a prorrogação.

Na prorrogação com um a mais, o Galo teve duas oportunidades para selar o título ali mesmo. Réver cabeceou no travessão e Alecsandro perdeu uma chance cara a cara com o goleiro do time paraguaio. A disputas de pênaltis foi inevitável, mais uma vez o sofrimento estava sendo injetado nas veias dos atleticanos.

São Victor do Horto apareceu no Mineirão desta vez. O goleiro defendeu a primeira cobrança do Olímpia. Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva converteram todos os pênaltis atleticanos. Ronaldinho talvez não precisava bater a última cobrança.

A responsabilidade estava na mão dos Victor e nos pés de Gímenez. Quem carimbou o título do Galo foi o travessão. O jogador paraguaio errou a cobrança e pela primeira vez em seus 105 anos de história, o Galo se sagrou Campeão da Copa Libertadores da América.


Campanha:

14 jogos, 9 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. 29 gols feitos e 18 gols sofridos.

Artilharia:

Jô – 7 gols
Diego Tardelli – 6 gols
Ronaldinho – 4 gols
Bernard – 4 gols
Réver – 2 gols
Luan – 2 gols
Leonardo Silva – 1 gol
Guilherme – 1 gol
Alecsandro – 1 gol

Jogadores:

Goleiros: Victor, Lee e Giovani
Laterais: Junior César, Carlos César, Marcos Rocha e Michel.
Zagueiros: Réver, Leonardo Silva, Rafael Marques
Volantes: Leandro Donizete, Pierre, Josué, Richarlyson, Lucas Cândido, Rosinei e Serginho
Meias: Ronaldinho Gaúcho, Bernard e Guilherme
Atacantes: Jô, Diego Tardelli, Neto Berola, Alecsandro, Luan e Araújo.
Técnico: Cuca
Presidente: Alexandre Kalil

Principal nome alvinegro na competição.



Victor que cresceu como um gigante nos momentos mais críticos do clube na competição. Três defesas de pênaltis escreveram o nome do goleiro na história do Atlético.
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27 de jul. de 2013

TUDO COMEÇOU COM UMA ÁGUA

A água marcou o início dessa trajetória alvinegra que terminou no título da Copa Libertadores da América de 2013. No dia 03 de fevereiro de 2013, Cruzeiro e Atlético fizeram o clássico que marcou a reabertura do Mineirão em grande estilo. Talvez não para os atleticanos, o clássico que terminou com a vitória do Cruzeiro por 2 a 1, mostrou uma deficiência do novo estádio para o Brasil, a falta de água.

Dez dias depois, com a chegada de Diego Tardelli, o Atlético estava recebendo o São Paulo pela Libertadores, após treze anos sem disputar a competição. Engraçado o tão falado número treze que é o número do Galo no jogo do bicho. Pois bem não bastava só essa coincidência envolvendo o número treze não. O jogo de estreia foi no dia 13 de fevereiro de 2013, o ano que seria do Galo. Dois mil e Galo para os torcedores.
Torcedor exibe copo de água que ele guarda até hoje!

Esse jogo teve o ingrediente que começou toda essa história, á água. Cadeiras do Independência tinham um copinho de água mineral com os seguintes dizeres “aqui tem água” provocando os rivais que se diziam donos do Mineirão.

Mas não seria a única vez que a água seria protagonista nesse jogo contra o São Paulo na primeira rodada do Grupo 3 da competição. Aos 15 minutos, Ronaldinho Gaúcho foi tomar um pouco de água do goleiro Rogério Ceni no atendimento de Pierre, que estava sentindo dores, enquanto Marcos Rocha aguardava para cobrar um simples lateral. Ronaldinho foi malandro, ele esperou adiantado sabendo que lateral não tinha impedimento e recebeu a cobrança de Marcos livre, enquanto Jô invadia a área e abria a estrada para o caminho do título alvinegro. Aquela partida terminou 2 a 1 para o Galo com mais uma assistência de R10.

Fevereiro ainda tinha espaço para mais uma partida histórica.

Jogo válido pela segunda rodada do grupo 3 da Libertadores - AFP PHOTO / Juan Mabromata Fevereiro reservava ainda mais uma partida histórica. No dia 26, os comandados de Cuca foram para a Argentina enfrentar o Arsenal de Sarandí. Um susto já estava reservado para aquele confronto na terra dos nossos hermanos. Noprimeiro minuto Furch abriu o placar para o time argentino.

O Galo contava com um bambino que hoje, vale muito ouro. Bernard mostrou que seria peça chave naquele time na competição e marcou três gols na partida que terminou 5 a 2 para o Galo. O maior resultado de um time brasileiro dentro dos solos argentinos. Pela primeira vez na história também, um jogador brasileiro marcou três gols na terra dos hermanos. Tardelli também marcou seu primeiro gol após seu retorno ao Galo.

Caminho aberto para a classificação.

Depois de duas vitórias, o Galo já estava perto da classificação e tinha caminho aberto para conquistá-la. O time recebeu o The Strongest em casa pela terceira rodada  no dia 07 de março. Os bolivianos deram trabalho, mas Jô e Ronaldinho Gaúcho marcaram os gols da vitória por 2 a 1 que deu os nove pontos em três jogos para o Galo. Nesse jogo R10 quebrou um fantasma de não marcar um gol de pênalti após errar três cobranças seguidas. Duas pelo Galo e uma pela Seleção Brasileira.

Galo vence na altitude e garante classificação

A partida no Horto contra os bolivianos foi uma partida chata. Imagina na altitude. O Galo subiu o morro e foi enfrentar o The Strongest em La Paz. O Galo saiu na frente com Tardelli, sofreu o empate no final do primeiro tempo com Reina. Com sustos e algumas devolvidas de ataque no segundo tempo, Mendez marcou contra e garantiu a quarta vitória do Galo em quatro jogos. Vitória que garantiu a classificação.

Missão agora era ser o melhor da primeira fase

Não existe time bobo na Libertadores isso é fato. O Arsenal que havia perdido por 5 a 2 com o hat-trick de Bernard na segunda rodaad, tinha acabado de empatar com o São Paulo no Morumbi. Isso havia ligado o sinal de alerta para o Galo que não seria fácil enfrentar os argentinos.
Atlético superou o Arsenal no Independência e manteve 100% de aproveitamento na Libertadores - Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Sem Bernard que estava com uma luxação no ombro esquerdo, o Galo foi abrrindo uma fácil vantagem. Jô havia dado uma assistência a Tardelli que marcou o primeiro gol dos alvinegros. O mesmo Jô havia dado uma assistência parecida a Luan que sofreu falta fora da área, mas o juiz assinalou pênalti. R10 cobrou e marcou o segundo gol do Atlético. Na comemoração, Ronaldinho homenageou Tardelli com a metralhadora.

Os primeiros 22 minutos foram avassaladores, porém o Galo sofreria uma nova baixa. O nome do Atlético na primeira fase era Diego Tardelli. O camisa 9 do Galo que havia sentido uma fisgada no jogo anterior contra o Tupi pelo Campeonato Mineiro sentiu a mesma dor novamente e saiu do jogo. Tardelli ficou de fora por três semanas.

Os argentinos diminuíram, porém o Galo foi avassalador no segundo tempo. Com direito a gol de placa de Ronaldinho Gaúcho. Os soldados do Horto repetiram o placar de Sarandí na Argentina e goleou o Arsenal novamente por 5 a 2.

Com baixas, Galo sofre revés no Morumbi.

Sem Tardelli e Bernard, o Galo foi para o Morumbi tentar eliminar o São Paulo. O tricolor jogava o tudo ou nada na competição. O empate e a derrota não interessavam, somente a vitória interessava.

Com o apoio de 50 mil pessoas no Morumbi, o São Paulo venceu por 2 a 0 com gols de Ademilson e Rogério Ceni de pênalti. Confirmado o novo confronto entre os brasileiros nas oitavas de finais, Rogério saiu do jogo afirmando que o São Paulo era o time da fé e Ronaldinho rebateu falando que agora a história era diferente. Que o time alvinegro iria jogar sério.

ATLÉTICO PASSA SUSTO EM TODAS AS FASES. TODAS COM SOFRIMENTO!

São Paulo começa avassalador e Lúcio encaminha eliminação tricolor.
 - AFP PHOTO

Primeira fase acabou, agora a história é outra. Com vantagem de jogar todos os jogos em casa até o final, o Galo foi ao Morumbi novamente enfrentar o São Paulo. Os tricolores estavam mordidos com a declaração de Ronaldinho no último jogo. Com um começo alucinador, Jadson abriu o placar com assistência de Ganso aos 8 minutos.

Ademilson teve várias chances para ampliar para o São Paulo e não conseguiu. O Atlético conhecido por ser o clube mais azarado do Brasil conheceu a tal da sorte. Aos 35 minutos, Lúcio fez dura falta em Bernard e foi expulso.

O Galo cresceu no primeiro tempo e o São Paulo foi castigado, Bernard aos 46 do primeiro tempo, cobrou escanteio na cabeça de Ronaldinho que empatou a partida. No segundo tempo Tardelli marcou contra seu ex-clube e deu números finais em São Paulo. O galo levava 2 a 1 de vantagem para o Horto, seu palco preferido.

Atlético da um show no Horto encantando toda a população sul americana.

Caiu no Horto ta morto! Mais uma história desse bairro estava para ser escrita. Com uma aula de futebol, o Galo goleou o São Paulo por 4 a 1 e mandaram os paulistas embora da competição.

 Em uma noite inspirada, Jô marcou três gols e Tardelli novamente assombrou os torcedores do seu ex-clube. A América inteira já conhecia o Galo, o time que foi o melhor da fase de grupos e simplesmente detonou com um tricampeão da Libertadores e do Mundial.

No final do jogo Ronaldinho deu uma alfinetada nos são paulinos falando que estava se divertindo na competição.

No México, o sofrimento aumentou.

O Atleticano não sabia, mas o sofrimento iria aumentar a cada fase que ele passava. Jogando em gramado sintético, o Galo viu o Tijuana abrir 2 a 0 no placar.

O técnico Cuca não segurou resultado. Ele foi pro tudo ou nada e conseguiu o tudo. Tardelli diminuiu a partida e Luan, no último minuto da partida empatou a partida na terra da Tequila.

Para muitos a semifinal já estava garantida já que os mexicanos conheceriam o famoso palco do Horto. Não foi bem assim...

Pânico no Horto.

Novamente o Horto, o Galo a cada jogo inovou em suas partidas em Belo Horizonte. Com a máxima “Caiu no Horto ta morto”, todos os torcedores foram para o Independência com a máscara do filme “O Pânico” querendo assustar os adversários. Quem ficou em pânico foram os atleticanos.

Riascos era o nome de um cara que a torcida teria pesadelos. Aos 25 minutos o mexicano abriu o placar no Horto que ficou em choque. Nas bolas aéreas, o Atlético chegou ao empate com Réver.

Foi a partida mais dura de todas segundo os atleticanos. O Tijuana chegava para finalizar a partida em diversas oportunidades no segundo tempo e o atleticano estava em pânico. O melhor sentimento para descrever o que os torcedores passavam por ali. Aos 46 minutos o sonho nunca esteve tão perto de terminar. Leonardo Silva cometeu pênalti em Aguilar.

Nascia um santo no Horto.

Silêncio na Arena Independência era incrível. Todos com um filme na cabeça. Podia ser filmes diferentes, mas na cabeça de um atleticano naquele estádio se passava algum filme, alguns foram embora chorando antes da cobrança, outros queriam ir embora mas algo os prendia naquele estádio de futebol. Pessoas choravam, pessoas viravam de costas para não ver o lance, somente presenciar. Será que o Atlético seria eliminado? Será que a invencibilidade do Horto chegaria ao fim? Será que o sonho teria um término? Tudo isso era decifrado em um simples silêncio.

Riascos, que tinha tomado a bola de Arce que realizaria a cobrança sob o mando do técnico Antonio Mohamed, foi para a cobrança. Victor que nunca havia defendido um pênalti com a camisa do Atlético tinha a responsabilidade de manter a chama de um sonho de uma torcida apaixonada nas suas mãos. Mas foram os pés, para ser mais exato o pé esquerdo que deu o alívio para a torcida alvinegra.

Riascos partiu para a cobrança chutou no meio, e Victor, que já estava caindo para o lado direito, levantou a perna esquerda defendendo a bola do jogador do time rubro-negro. O Independência estava tremendo nesse momento. O Atlético segurou o resultado e se classificou, de forma dramática, para as semifinais.

Mais sofrimento, desta vez, na Argentina.

O Atlético enfrentava um time que tinha um trio mágico. Figueroa, Maxi Rodriguez e Ignácio Scoco. Veio o Newell’s Old Boys da Argentina para cima do Galo. Em Rosário, o Galo começou outro drama para sua torcida.

Com gols de Maxi Rodriguez e Scoco, o Atlético foi derrotado na Argentina por 2 a 0. O Galo apostava novamente no Horto para chegar ao seu sonho. Ronaldinho saiu de campo afirmando “se tivermos que deixar sangue lá (no Horto), nós vamos deixar!”.

Santo aparece novamente no Horto e um desacreditado entra na história do clube.
 
Novamente a história ficou para ser decidida no palco predileto dos torcedores do Galo, o Horto. Com três minutos o Galo abriu o placar com Bernard em um primeiro tempo que duraria 54 minutos.

No segundo tempo, o Galo não conseguia envolver os argentinos e algo aconteceu. As luzes se apagaram no Horto. Cuca teve tempo para organizar seu time e conseguiu. Guilherme, que havia entrado no lugar de Diego Tardelli, fez um gol aos 50 minutos e 17 segundos. Lembra-se daquela mística do 13? 5 + 0 + 1 + 7 = 13.

A partida foi para os pênaltis e novamente mais sofrimento. Jô e Richarlyson erraram os pênaltis para o Galo, mas o Newell’s também estava nervoso. Casco e Cruzado também erraram para os argentinos.
 
Ronaldinho marcou o gol e as responsabilidades da grande final da Libertadores estavam nas mãos de Victor e nos pés de Maxi Rodriguez. O São Victor do Horto apareceu novamente e pulou no canto esquerdo defendendo a cobrança do argentino.


SIM O GALO ESTAVA NA FINAL DA LIBERTADORES APÓS 105 ANOS DE HISTÓRIA!
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26 de jul. de 2013

AINDA NÃO CAIU A FICHA!

Depois de 42 anos carente de um título de expressão, o Galo finalmente conquistou a América. O dia 24 de julho de 2013 não sairá da cabeça de milhões de atleticanos que estavam no estádio ou em qualquer canto do mundo torcendo por esse momento.

Na internet temos vários vídeos mostrando o quanto a torcida esperava por esse momento. O primeiro mostra um torcedor, que vem se recuperando de um infarto no hospital, comemorando o título do clube alvinegro.


O segundo, mostra um torcedor filmando a torcida cantando Vou Festejar de Beth Carvalho emocionado no Mineirão.


A ficha ainda não caiu para os torcedores “donos da América”. Veja o depoimento de algumas torcedoras após o tão esperado título da Copa Libertadores:

“Foi inexplicável! Tinha muito cruzeirense perto de mim zoando. Acabou o primeiro tempo e foguetes eram soltos por todos os lados. O povo falando na minha cabeça e veio o primeiro gol, era só alegria! Já sabia que o próximo viria, quando veio eu chorei demais. Ai veio a prorrogação, sem gols. Nos pênaltis eu fiquei ajoelhada. O Victor defendeu, ai eu já soltei todos os foguetes porque eu já sabia que era Galo. Depois meu pai me ligou gritando ‘é campeão’ e naquela hora eu chorava, gritava com todos os cruzeirenses que ali estavam, inclusive meu namorado que disse que preferia ver o Cruzeiro na segunda divisão ao ver o Galo campeão”. Disse a torcedora Isabelle Santos.

“A verdade é que eu não acreditei. Fiquei perguntando para minha prima se era verdade e comecei a gritar "eu tenho uma Libertadores, eu tenho uma Libertadores" e abracei quem eu via pela frente. Sensação única! Poderão vir outras Libertadores, mas a emoção da primeira tão esperada vai ficar eternizada em mim. Meu pai morreu esperando por isso, e poder vivenciar esse momento do Galo foi como entregar essa taça pra ele”. Disse a atleticana Glauce França.

“Nossa passou tanta coisa, mas acho que o principal foi toda nossa luta desde o início. A grande fé e esperança que envolvia os torcedores em um time desacreditado por todos, sem histórico de Libertadores, um técnico azarado, jogadores que eram descartados pelos outros times. O mais importante foi a torcida que fez toda a diferença acreditou desde o inicio, chorou e lutou junto com os jogadores. Tudo foi muito lindo”. Disse Barbara Beatriz.

Eu já me encontrava em um estado enorme de ansiedade. Depois que passou a prorrogação e foi para os pênaltis, eu já me ajoelhei e fiquei ali ajoelhada. Quando eu vi aquela última bola sendo lançada na trave, eu primeiramente agradeci a Deus e depois levantei sem rumo, andando de um lado pro outro gritando ‘é campeão’ abraçando todo mundo que eu via pela frente, falando eu sempre acreditei, sempre! Chorando muito, como eu estava em um bar, eu desci correndo e fui pra rua junto com mais um monte de atleticanos e paramos a avenida do Barreiro, começamos a cantar e gritar, e todo mundo se abraçando, eu só sabia chorar, nada mais que isso. Depois, saímos pelas ruas do barreiro sentada no vidro do carro, gritando “ é Galo, é Galo pra todo mundo, em qualquer lugar que íamos estava cheio de atleticanos, e nós estávamos gritando e chorando, cantando o hino , aquela adrenalina, depois resolvemos ir pra Praça Sete e ficamos lá até as 4 da manhã, gritando. Foi a melhor sensação da minha vida sem comparações! Disse a torcedora alvinegra Michele Santana.

Quarta-feira, 24/07 = 2+4+7 = 13. 13 é GALO! Chegou o grande dia! Depois de duas semanas sem dormir direito, com dor de estômago de tanta ansiedade, chegou o dia! Ingresso comprado, manto escolhido, bandeira pronta. Apesar da desvantagem do galão no primeiro jogo, desde aquele jogo contra o Tijuana, no Independência, aquela defesa milagrosa, eu tinha certeza que o galo seria campeão. Apesar de todas as zoações, os secadores e as chapinhas dos adversários, eu acreditava. Acreditava não, eu tinha certeza! Mineirão lotado. Torcida feliz, cantando, acreditando, verdadeiramente acreditando! Os atleticanos, assim como eu, sabiam que aquele dia ficaria marcado nas nossas vidas. Sabíamos que o título seria nosso. O primeiro tempo sem gols e o coração apertado. O gol logo no início do primeiro tempo aliviou o coração da massa. O meu não. Coração acelerado, mãos dormentes, boca seca, vista embaçada. Fui parar na ambulância. Não vi o segundo gol, mas ouvi. Dentro da ambulância, meu coração disparou. Chorei muito. A enfermeira não queria me deixar voltar, mas não poderia deixar de ver o Réver levantar a taça. Na prorrogação, quase... Muitas vezes quase. Vamos lá... Com o Galo é sofrido mesmo. Vamos aos pênaltis. Fiquei sabendo que uma vidente havia dito que o Olímpia ficaria com o título nos pênaltis. Pensei nisso. Eles têm videntes, nós temos fé, jogadores, e o São Victor. Sabia que ele nos salvaria novamente, mas não tão cedo. A defesa da primeira batida me fez abrir um sorriso e as lágrimas já começaram a cair. O coração continuava acelerado a cada batida até ver aquela bola na trave. Explosão! O grito guardado há tantos anos foi liberado. Euforia, choro, emoção. Um misto de sensações indescritíveis! Abraços em quem nem conhecia! Choro, muito choro! Pensei no meu pai e no meu tio que faleceram sem viver essa emoção. Pensei nos meus filhos e nas histórias que contaria a eles. Pensei nas fases ruins, nas tantas vezes que quase chegamos. Pensei: “ Esse é o galo que eu sempre sonhei ver!” Pensei nos adversários, naqueles que não acreditaram, naqueles que nos menosprezaram e pensei: “Chupa!”. É complicado descrever todas essas sensações, toda alegria e emoção. Se me fosse pedido para descrever aquele dia em apenas uma palavra, esta seria Paixão. Paixão pelo meu Clube Atlético Mineiro. Eu acreditei. Sempre acreditei no meu Galo. Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na vitória ou na derrota: Aqui é Galo!

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21 de jul. de 2013

COM DIREITO A HAT-TRICK DE LUAN, CRUZEIRO VENCE SÃO PAULO E QUEBRA TABU DE NOVE ANOS.

ALAN MORICI/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO
Foto: Luan Morici/ Estadão
O Cruzeiro foi ao Morumbi enfrentar o São Paulo pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro na noite deste sábado às 18:30. O clube celeste que não vencia o São Paulo na competição desde 2004 teve seu indigesto tabu quebrado com um hat-trick de Luan e a Raposa venceu os paulistas por 3 a 0.

Com o resultado, o time de Marcelo Oliveira assumiu a vice-liderança com 15 pontos, mas pode voltar a quarta posição com os demais jogos do domingo. Agora o Cruzeiro volta para Belo Horizonte visando a preparação para o clássico no próximo domingo dia 28 no Mineirão. Confira os detalhes da partida a seguir:

Primeiro tempo: Sem emoções para as duas torcidas.

O primeiro tempo reservou poucas emoções aos torcedores das duas equipes. Vinicius Araújo e Everton Ribeiro assustaram Rogério Ceni no início da partida. Paulo Henrique Ganso e Osvaldo eram as válvulas de escape do tricolor. Nas disputas entre Luan e Douglas o jogador do time paulista estava levando a melhor em todas as divididas.

O Cruzeiro teve sua melhor chance em um cruzamento rasteiro de Egídio e chute fraco de Everton Ribeiro que terminou na fácil defesa de Rogério Ceni. Primeiro tempo sem emoções, placar em branco no final.

Segundo tempo: Luan desencanta e Cruzeiro da um ponta pé em tabu.

No início do segundo tempo o São Paulo assustou os cruzeirense no começo. Jadson finalizou dentro da área para que Fábio fizesse a defesa. Pouco depois, Jadson, novamente, chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro para Osvaldo que dividiu com Fábio que evitou novamente o gol.

No primeiro tempo, Douglas estava ganhando todas as bolas que disputava com Luan. O Cruzeiro mostrou o que faltou no primeiro tempo,  a eficiênca. Aos 5 minutos, Everton Ribeiro foi acionado pela direita e cruzou na medida no pé de Luan. Douglas perdeu o tempo da subida para cortar o cruzamento e o atacante cruzeirense emendou um belo chute de primeira para abrir o placar no Morumbi, 1 a 0.

A marcação cruzeirense estava bem encaixada. Dedé e Bruno Rodrigo não deixavam Jadson, Osvaldo, Luis Fabiano e Paulo Henrique Ganso criarem grandes oportunidades. Cabia ao time visitante explorar os contra-ataques para matar o jogo. Oportunidades não faltaram em uma delas, Egídio chegou pela esquerda e chutou cruzado, a bola foi para fora. Ricardo Goulart passava livre dentro da área e reclamou com o lateral-esquerdo cruzeirense.

O São Paulo teve duas chances. A primeira, aos 16 minutos, Osvaldo cruzou para Aloísio que dividiu com o goleiro Fábio. Aos 24 minutos, Osvaldo novamente acionou Aloísio que saiu na cara do goleiro cruzeirense e chutou rasteiro. A bola passou rente a trave direita.

Quem não faz toma. O São Paulo já tinha dificuldades para criar chances e quando criava as perdia. O Cruzeiro achou mais duas para ampliar a vantagem. Aos 33 minutos Martinuccio acionou Vinicius Araújo que tocou para Luan, que apareceu livre na área. O atacante chutou na saída de Rogério Ceni marcou seu segundo gol na partida. Três minutos depois o time celeste deu fim ao placar da partida novamente com Luan. Em outra jogada que foi iniciada por Martinuccio, Luan dividiu com Rodrigo Caio e bateu forte no gol dando números finais ao jogo. Cruzeiro 3 a 0.

No final, Paulo Henrique Ganso, em um belo chute, acertou o travessão do goleiro Fábio, mas não conseguiu diminuir o contador. Fim de jogo e tabu quebrado após nove anos sem vencer o tricolor em jogos pelo Campeonato Brasileiro.

SÃO PAULO 0 X 3 CRUZEIRO

São Paulo: Rogério Ceni; Douglas, Lúcio, Tolói e Clemente Rodríguez; Rodrigo Caio, Denílson (Roni), Paulo Henrique Ganso e Jadson; Osvaldo (Silvinho) e Luís Fabiano (Aloísio). Técnico: Paulo Autuori
Cruzeiro: Fábio; Mayke (Leandrinho), Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton e Souza; Everton Ribeiro (Martinuccio), Ricardo Goulart (Lucca) e Luan; Vinícius Araújo. Técnico: Marcelo Oliveira

Motivo: oitava rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Morumbi
Data: 20 de julho (sábado)
Gols: Luan, aos 5, 33 e 36 minutos do 2º tempo
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Assistentes: Kleber Lucio Gil (SC) e Carlos Berkenbrock (SC)
Cartão amarelo: não houve
Pagantes: 11.675
Renda: R$ 325.545,00

Bruno Santana
bruno_santsouza@hotmail.com
@brunosantsouza
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18 de jul. de 2013

MESMO FILME?

Pelo menos no primeiro jogo da semifinal da Copa Libertadores se repetiu. O Atlético foi à Assunção, capital do Paraguai, enfrentar o Olímpia pelo primeiro jogo da grande final da Copa Libertadores da América na noite desta quarta-feira, dia 17 de julho de 2013. Já dizia o bom atleticano que tudo para o Galo tem que ser difícil e o time do Atlético tornou mais difícil ao perder o primeiro jogo da decisão por 2 a 0.

Esse filme já teve tramas parecidas na semifinal contra o Newell’s Old Boys quando o Galo perdeu a primeira partida na Argentina por 2 a 0, devolveu o placar no Horto e levou a melhor contra os argentinos na disputa de pênaltis. Porém nesse filme, o Galo não podia levar um gol dentro de casa, pois teria que vencer por três gols de diferença para levar a vaga na final.

Pelo regulamento da Libertadores, na final é diferente. O Galo precisa fazer dois gols de diferença no time paraguaio para levar a decisão para a prorrogação. Caso a diferença de dois gols se mantenha nos 30 minutos adicionais, o título da Copa Libertadores será decidido nos pênaltis.

A segunda batalha da final da Libertadores será na próxima quarta-feira, dia 24 de julho, às 21:50 no Mineirão. O Galo conta com o apoio de mais de 60 mil torcedores para ajudar a buscar o título inédito de sua coleção. Alguns em redes sociais já entoam o lema “Eu acredito!” usado nas semifinais, outros foram à Confins na manhã desta quinta-feira receber a delegação com incentivo ao grupo.
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press


Para o jogo de volta, o Galo não conta com Richarlyson, que foi expulso na partida, e Marcos Rocha que tomou seu terceiro cartão amarelo. Michel Alves e Júlio César devem fazer a dupla de laterais atleticana. Alejandro Silva e Pitoni marcaram os gols do time paraguaio em Assunção. Confira os detalhes da partida a seguir:

Primeiro tempo: Atlético começa bem, toma gol e se perde em campo

Empurrado pelos mais de 30 mil torcedores no Defensores Del Chaco, o Olímpia entrou em campo inspirado pelo mosaico 360 graus e 3D que a torcida paraguaia armou para o time. Mas o Atlético entrou consciente na partida em Assunção. Valorizando a posse de bola e os toques curtos, o time de Cuca conseguia armar boas tramas no início do jogo. Aos 6 minutos, Marcos Rocha acionou Tardelli por elevação. A zaga cortou mal e a bola sobrou limpa para o camisa 9 atleticano emendar para as redes. Porém, Tardelli estava poucos centímetros adiantado e o gol foi anulado corretamente pelo auxiliar.

Luan e Tardelli eram as válvulas de escape do Galo. Ronaldinho Gaúcho seria a mente que teria que trabalhar e acionar os dois. Mas a marcação paraguaia anulou o camisa 10 na partida inteira.

Novamente com Marcos Rocha, o lateral atleticano acionou Tardelli que chegou livre na grande área, mas emendou para o lado de fora da rede esquerda de Martín Silva. O Atlético estava melhor na partida, mas foi castigado por uma falha na marcação que resultou no primeiro gol do Olímpia na partida. Aos 22 minutos, Alejandro Silva partiu da lateral direita cortando para dentro, deixando a defesa atleticana toda assistir sua partida. Fora da área, o jogador chutou forte e rasteiro no canto direito de Vítor que viu a bola bater na trave antes de entrar no gol. Defensores Del Chaco foi abaixo na comemoração, Olímpia 1 a 0.

O Galo sentiu o gol. Tardelli e Luan não sabiam por onde jogavam mais. O Olímpia, vendo um Galo recuado, fez questão de empurrar o time brasileiro para a defesa. O Galo só apareceu uma vez depois do gol. Marcos Rocha, novamente, acionou Tardelli pela direita que dividiu com o goleiro e levou a pior no lance.

O Olimpia por pouco não chegou ao segundo gol em jogada de Salgueiro. Ele limpou Richarlyson pela esquerda e chutou. A bola desviou na defesa e quase enganou o goleiro Victor. Em seguida, o mesmo atacante apareceu livre pela esquerda, Victor ficou indeciso se saía ou não e Pierre salvou na hora exata. A expectativa de gols do Galo ficou para a etapa final. 

Segundo tempo: Galo busca gol de empate, mas é castigado no final.

Mantendo o time que começou a partida, o Galo veio para o segundo tempo em busca do gol de empate e chegou a merecê-lo, mas não conseguiu. Diego Tardelli e Luan mudaram de lado e o time voltou a trabalhar as pontas no ataque como no começo do primeiro tempo. Aos 3 minutos, Luan acionou Tardelli que entrou livre pela linha de fundo pela direita. O atacante chutou cruzado. Ronaldinho Gaúcho ficou desesperado, pois fechava o lance livre do outro lado.

Ronaldinho não conseguia se desvencilhar da marcação. Cuca esperou até os 20 minutos e sacou o camisa 10, coisa rara de acontecer, e entrou contando com Guilherme, a estrela que brilhou na semifinal contra o Newell’s Old Boys. Rosinei foi acionado no lugar de Luan.

O Atlético melhorou de produção. O Olímpia apostava nos contra-ataques dentro de casa para matar a partida. Guilherme acionou Jô que saiu na cara do goleiro, mas Martín defendeu o chute rasteiro do camisa 7 atleticano com o pé esquerdo.

A última cartada de Cuca foi a entrada de Alecsandro, que entrou na vaga de Jô. A chance mais clara, no entanto, foi do Olimpia. Richarlyson foi facilmente driblado e a bola sobrou para Bareiro, que chutou e Leonardo Silva salvou. No rebote, Salgueiro perdeu um gol feito, sem goleiro, concluindo para fora. Em seguida, Bareiro entrou pela área e bateu à direita de Victor. Aos 47min, veio o castigo que o Galo não merecia. Aos 48, Pittoni cobrou falta na entrada da área e acertou o ângulo de Victor, que foi atrapalhado por Alecsandro e não pulou para a defesa. Olímpia 2 a 0. Missão mais complicada para o Alvinegro no Mineirão, mas não impossível para seus torcedores apaixonados.

OLIMPIA 2 X 0 ATLÉTICO

OLIMPIA: Martín Silva; Candia, Manzur, Miranda e Benítez; Pittoni, Aranda, Matías Gimenez (Ferreyra) e Alejandro Silva; Salgueiro (Paredes) e Bareiro. Técnico: Hugo Ever Almeida
ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Pierre, Josué, Ronaldinho Gaúcho (Guilherme) e Diego Tardelli; Luan (Rosinei) e Jô (Alecsandro). Técnico: Cuca

Motivo: primeiro jogo da final da Copa Libertadores
Local: Estádio Defensores del Chaco, em Assunção
Data: quarta-feira, 17 de julho
Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Assistentes: Hernán Maidana e Juan P. Belati (ambos da Argentina)
Gols: Alejandro Silva, 22min do 1ºT; Pittoni, aos 48min do 2ºT
Cartões amarelos: Matías Gimenez, Miranda, Alejandro Silva, Pittoni (OLI); Josué, Richarlyson, Marcos Rocha (ATL)
Cartão vermelho: Richarlyson


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17 de jul. de 2013

COMEÇA HOJE

Pela primeira vez nos seus 105 anos de história, o Atlético entra em campo hoje pela primeira vez na final da Copa Libertadores da América diante o Olímpia do Paraguai. Momento especial e histórico para sua torcida que espera há 42 anos por um título de expressão no cenário nacional e mundial.
Treino do Atlético no Estádio do Sportivo Luqueño, em Luque, no Paraguai. Foi a última atividade antes da final da Libertadores, contra o Olimpia, marcada para esta quarta-feira, às 21h50, no Defensores del Chaco - Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press
Foto: Alexandre Guzanshe EM/ D.A Press
Dono da melhor campanha da primeira fase, o Galo tenta quebrar diante dos Paraguaios a marca de nenhum time que terminou com a melhor campanha na fase de grupos desde 2006, ter vencido a competição.

Com as voltas de Rosinei e Réver, que estavam suspensos, e com o desfalque de Bernard, que cumpre suspensão automática, e Leandro Donizete, que ainda vem se recuperando de contusão na coxa direita, o técnico Cuca viajou com toda delegação para Assunção visando a preparação para a partida no estádio Defensores Del Chaco.

Com isso a dúvida fica no meio de campo. Cuca escalará Rosinei que vem de boas atuações no Campeonato Brasileiro para reforçar a marcação, ou escalará Luan mantendo o esquema ofensivo na frente com o quarteto? Vale lembrar que com esse esquema o Atlético teve dificuldades para atuar nos primeiros jogos diante o Tijuana e o Newell’s Old Boys. O técnico alvinegro ainda não revelou o que será feito para essa partida.

A primeira partida desse momento histórico para o Atlético e sua torcida será nessa quarta-feira às 21:50 horário de Brasília. O jogo de volta está marcado para a próxima quarta-feira, dia 24 também às 21:50 no Mineirão.


OLIMPIA X ATLÉTICO

OLIMPIA: Silva; Candia, Manzur, Miranda e Benítez; Mazacotte, Pittoni, Aranda e Salgueiro; Bareiro e Alejandro Silva (Prono). Técnico: Hugo Ever Almeida
ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Richarlyson; Pierre, Josué, Ronaldinho, Diego Tardelli e Luan (Rosinei); Jô. Técnico: Cuca

Motivo: jogo de ida da final da Copa Libertadores
Local: Estádio Defensores del Chaco, em Assunção (Paraguai)
Data: quarta-feira, 17 de julho de 2013, às 21h50
Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Assistentes: Hernán Maidana e Juan P. Belati (ambos da Argentina)

Bruno Santana
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@brunosantsouza
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14 de jul. de 2013

COM TRANQUILIDADE, CRUZEIRO VENCE NÁUTICO EM BELO HORIZONTE E VOLTA AO G4

O Cruzeiro recebeu o Náutico na noite deste domingo pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Com a venda de Diego Souza e as contusões de Borges e Dagoberto, Vinícius Araújo, Ricardo Goulart e Lucca mostraram que Marcelo Oliveira tem um elenco que dá conta do recado e venceu o Timbú por 3 a 0 no Mineirão.
Cruzeiro x Náutico - Leandro Couri/EM/D.A Press
Foto: Leandro Couri/ D.A.Press

Com o resultado, a Raposa chegou a quarta posição com 12 pontos. Agora as atenções do time celeste voltam à Copa do Brasil quando o time irá enfrentar o Atlético-GO, no Serra Dourada, em Goiânia, pelo jogo de volta da terceira fase da competição. O time mineiro já está praticamente classificado para as oitavas de final após golear o Dragão na última terça-feira por 3 a 0.

O Cruzeiro segue 100% no Mineirão com doze vitórias em doze jogos. Ricardo Goulart e Vinícius Araújo, duas vezes, marcaram os gols da Raposa na partida. Confira os detalhes do jogo a seguir:

Primeiro tempo: Cruzeiro abusa das laterais e abre o placar.

Cruzeiro e Náutico fizeram um jogo repleto de passes errados durante os 90 minutos de partida. Porém as duas equipes, principalmente a Raposa que dominou as ações do meio de campo, não deixaram de criar oportunidades.

O Cruzeiro abusava das laterais para atacar os pernambucanos, e foi pela lateral esquerda que Lucca, que chegou à linha de fundo, cruzou na perna direita de Ricardo Goulart, que estava na pequena área, completar para o fundo das redes abrindo o placar no Mineirão, 1 a 0.

O Náutico assustou aos 18 minutos. Magrão encontrou Rogério livre, mas o atacante errou a finalização, que passou rente ao gol de Fábio.

Dedé apresentou a fragilidade do Cruzeiro na partida. O camisa 26 furou, aos 28 minutos, na grande área. Rogério entrou na grande área e preparou o chute para o gol de Fábio, mas na hora de mandar o tiro para o gol, foi interceptado pelo próprio zagueiro cruzeirense.

Por sua vez, o time estrelado teve outra clara oportunidade de gol. Lucca pegou escanteio de primeira para bela defesa de Ricardo Berna. O Cruzeiro desceu para o vestiário com a vantagem magra no placar, 1 a 0.

Segundo tempo: Ricardo Goulart e Vinícius Araújo garantem vitória cruzeirense

Assim como no primeiro tempo, o Cruzeiro marcou cedo no segundo tempo. Everton Ribeiro passou para Vinícius Araújo dentro da área para ampliar a partida no Gigante da Pampulha, 2 a 0.

As laterais ainda era a melhor arma do Cruzeiro na partida. Aos 13 minutos, Mayke colocou a bola na cabeça de Ricardo Goulart que teve cabeceio cortado por Maranhão. Aos 18 minutos, Nilton testou para fora.

Com os nomes dos dois primeiro tentos cruzeirenses, a vitória celeste foi selada aos 24 minutos. Em bela jogada pela esquerda, Ricardo Goulart avançou, driblou João Felipe e cruzou para Vinícius Araújo marcar o seu segundo gol na partida. 3 a 0 no Mineirão.

Derrotado, o Náutico já não conseguia criar mais oportunidades. O Cruzeiro seguiu perdendo oportunidades, mas não marcou mais nenhum gol no Mineirão. Cruzeiro de volta no G4 do Campeonato Brasileiro.


CRUZEIRO 3 X 0 NÁUTICO

CRUZEIRO: Fábio; Mayke, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton, Souza, Everton Ribeiro e Lucca (Martinuccio); Ricardo Goulart (Tinga) e Vinícius Araújo (Anselmo Ramon). Técnico: Marcelo Oliveira
NÁUTICO: Ricardo Berna; Maranhão, João Filipe, William Alves e Eltinho; Auremir, Derley, Magrão (Jonatas Beluso) e Marcos Vinícius (Dada); Rogério e Oliveira. Técnico: Zé Teodoro

Motivo: Sétima rodada do Campeonato Brasileiro
Gols: Ricardo Goulart e Vinícius Araujo (duas vezes)
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte
Data: 14 de julho de 2013, domingo
Horário: 18h30
Cartões amarelos: João Felipe, Magrão, Derley, do Náutico. Tinga, do Cruzeiro
Arbitro: Márcio Chagas da Silva (RS)
Assistentes: Altemir Hausmann (RS) e Rafael da Silva Alves (RS)
Público pagante: 15.528
Renda: R$ 639.980

Bruno Santana
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GALO PARAGUAIO VENCE CORINTHIANS NO PACAEMBU

Visando a partida mais importante da história do clube na quarta-feira, a final da Libertadores contra o Olímpia, o Atlético foi com uma equipe recheada de reservas para enfrentar o Corinthians no Pacaembu, local onde o clube paulista não perdia a 19 partidas, e venceu o atual campeão da Libertadores por 1 a 0.

Com o resultado o Galo deu um salto na tabela, pulando para a nona posição com dez pontos, cinco a menos que o líder Coritiba. A delegação atleticana agora volta para Belo Horizonte onde ficará concentrada até a manhã desta segunda-feira e embarcará para Assunção visando a preparação da grande decisão da Copa Libertadores contra o Olímpia na quarta-feira no estádio Defensores Del Chaco.

Rosinei marcou o gol da vitória atleticana em São Paulo. Confira os detalhes da partida a seguir:

Primeiro tempo: Atlético sai na frente com Rosinei

O Atlético viu o Corinthians atacar no começo da partida. Mas soube administrar diminuindo ímpeto do ataque corintiano. Aos 7 minutos, Romarinho assustou a defesa atleticana. Após passar por dois marcadores, o velocista chegou a cara do goleiro Victor e bateu cruzado, rente a trave esquerda do goleiro atleticano, para fora.

O time corintiano detinha a maior posse de bola na partida, mas o Atlético, comandado por Bernard, fazia suas investidas apresentando bastante perigo. Aos 11 minutos, Réver marcou de cabeça, mas o assistente marcou impedimento polêmico no Pacaembu anulando o gol mineiro.

Victor, em grande fase, foi o grande nome do Galo no jogo. Ele salvou o Galo em chute longo de Ralf e depois em finalização perigosa de Alexandre Pato.

O Galo não deixava o Corinthians dominar de vez a partida e, com isso, abriu o placar. Aos 36 minutos, Bernard, pela esquerda, fez cruzamento rasteiro para o volante Rosinei tocar para o fundo das redes do goleiro Cássio. Galo 1 a 0 no Pacaembú.

Segundo tempo: Galo administra vantagem obtida no primeiro tempo

O Galo procurou administrar a vantagem, Réver sentiu um incômodo na coxa e foi substituído por Lucas Cândido. No começo da segunda etapa, Alexandre Pato chutou a bola à esquerda do goleiro Victor para fora.

Satisfeito com a vantagem, o Atlético voltou bem tranquilo para o segundo tempo, apenas esperando a pressão corintiana para tentar aproveitar algum contra-ataque. A única boa chance foi com Rosinei, que errou um peixinho na pequena área e perdeu a oportunidade de ampliar o placar.

Ibson e Alexandre Pato não faziam boa partida. No lado do Galo Neto Berola, com câimbra, e Júnior César, com uma entorse no tornozelo direito, deram vaga para Luan e Marcos Rocha, que foi improvisado na lateral esquerda.


Guilherme teve oportunidade, de cabeça, aos 7 minutos. Mas a bola foi para fora. Após cruzamento pela direita aos 20 minutos, Rosinei chegou atrasado no peixinho e a bola foi para fora perdendo uma excelente chance de ampliar o placar em São Paulo.

Quando as coisas davam certo, Victor estava no gol para tirar qualquer esperança corintiana. Herói da classificação do Galo para a final da Libertadores, o goleiro parou uma cabeçada de Pato e foi seguro em todos os outros lances.

O Corinthians tinha pouca inspiração ofensiva para mudar o panorama do jogo. Alexandre Pato saiu da partida, para a entrada de Leo, vaiado pela torcida. Vale lembrar que o atacante custou aos cofres corintianos 40 milhões de reais e até hoje não emplacou uma boa sequência no time corintiano. Com isso, o Galo conseguiu assegurar sua primeira vitória fora de casa na competição e tirar a invencibilidade corintiana após 19 jogos no Pacaembu.

CORINTHIANS 0 X 1 ATLÉTICO

Corinthians: Cássio, Edenílson, Gil, Paulo André (Paulo Victor) e Fábio Santos; Ralf e Guilherme; Ibson, Romarinho e Alexandre Pato (Leo); Paolo Guerrero. Técnico: Tite
Atlético: Victor, Michel, Rafael Marques, Gilberto Silva e Junior César (Marcos Rocha); Réver (Lucas Cândido), Rosinei, Bernard, Guilherme e Neto Berola (Luan); Alecsandro. Técnico: Cuca

Gol: Rosinei (36min/1ºT)
Cartões amarelos: Michel, Luan, Guilherme (ATL), Guilherme, Fábio Santos (COR)
Cartão vermelho: não houve
Motivo: oitava rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 14/07/2013, domingo, às 16 horas
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Marrubson Melo Freitas (DF)

Bruno Santana
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11 de jul. de 2013

COLUNA: COISAS QUE SÓ O FUTEBOL EXPLICA

Por João Vitor Cirilo, para o Boleiros da Arquibancada

O dia era 10 de julho de 2013. Na verdade, já era 11 de julho de 2013. O horário, por volta de meia-noite e vinte. Antes disso, vamos contar toda a história.

Em campo, Atlético Mineiro e Newell's Old Boys. O jogo era no estádio Independência, onde o Galo ainda não perdeu após a reinauguração (e lá se vão 54 partidas como mandante, 38 no Horto). Após perder por 2 a 0 na ida, na Argentina, o caminho na luta pela vaga na inédita final da Libertadores foi um pouco complicado.

O fator motivacional: a mística da arena do Horto.

O início do jogo parecia confirmar que a motivação que tomou conta do torcedor alvinegro durante a semana tinha fundamento: três minutos, o genial Ronaldinho mete bola para Bernard, que não desperdiça. Dali pra frente, o bom e velho sofrimento. Jogadores lesionados, apagão dos refletores, enorme pausa. E um pouco mais de sofrimento, é claro.
Cuca comemora com o questionado Guilherme
Foto: Flickr Atlético Mineiro
Após o benéfico apagão, eis que Cuca olha para seu banco de reservas e promove duas alterações (já havia colocado o atacante Luan no lugar do volante Pierre). Alecsandro e Guilherme entraram nas vagas dos incontestáveis Bernard e Tardelli. Ao contrário dos titulares, Guilherme, sim, volta e meia é muito questionado por boa parte da torcida. Defendido pelo treinador e pelo presidente do clube, teve sua chance. Dominou no peito e finalizou para o gol, quando o relógio marcava 50 minutos da etapa complementar. Gol. Teríamos pênaltis no Horto, graças a Guilherme, que poderia ter ido embora meses atrás, quando a pressão sobre ele parecia forte demais.

Alecsandro, Scocco, Guilherme (ele de novo) e Vergini guardaram as quatro primeiras cobranças. Veio Jô e... perdeu. Desespero no Horto. Mas Casco também errou o dele na sequência. Veio Richarlyson e... perdeu também! Mais aflição. Mas não é que Cruzado também desperdiçaria outro penal?

O roteiro estava escrito. A última cobrança era do R10, maior ídolo recente da história alvinegra. Ele fez. Veio o experiente e bom de bola Maxi Rodríguez pelo lado argentino. Debaixo das traves, outro ídolo recente: Victor. Não teve jeito para os argentinos. A história já estava pronta. O goleiro santo pegou mais um pênalti decisivo, assim como na fatídica partida das quartas contra o Tijuana, e colocou o Galo em sua primeira final de Libertadores.
O goleiro salvador
Foto: Flickr Atlético Mineiro
E quem diria que o Atlético Mineiro, um time que tem em sua história vários momentos infelizes, de dor, onde tudo tendia a dar errado, se classificaria em duas fases consecutivas da maior competição do continente com pênaltis defendidos "na bacia das almas" em jogos muito complicados? E comandado pelo "azarado" Cuca...

E quem apostaria que o gol que devolveu o Galo ao torneio seria marcado pelo criticado Guilherme? Sem falar que Bernard, também já questionado por alguns em um (aparente) momento de despedida do clube, abriu o placar.

Coisas que só o futebol explica. Só ele e seu poder de levantar aqueles que, aparentemente, já estavam caídos.

Mas sabe o que eu não consigo mesmo entender? Como ainda existe gente que não gosta?
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