4 de dez. de 2013

GALO PEDE TRUCO, CRUZEIRO PEDE SEIS, RESULTADO: DOIS TIMES MINEIROS NA SÉRIE A DE 2012

Sete Lagoas, Domingo 04 de Dezembro de 2011. Cruzeiro x Atlético se encontravam pela 38° rodada do Campeonato Brasileiro. Sem motivo nenhum clássico já é uma partida que meche com o emocional das duas torcidas, mas esse, podemos afirmar que foi o mais importante da história.

O Cruzeiro se encontrava em 16° lugar e podia ser rebaixado pelo seu maior rival. A campanha do Cruzeiro era uma das piores do returno do campeonato e o favoritíssimo para o clássico era o Galo que estava jogando um futebol bem apresentável.

Mas não podemos esquecer aquela velha e batida frase que ouvimos bem aqui em Minas Gerais, “clássico é clássico” e o resultado que menos poderíamos imaginar aconteceu. O Cruzeiro destruiu o Atlético por 6 a 1 e se safou de vez do rebaixamento do Campeonato Brasileiro de 2011.

Com o resultado nenhum time mineiro vai participar de nenhuma competição internacional em 2012. O Atlético terminou em 15° com 45 pontos e o Cruzeiro em 16° com 43 pontos. Os dois times agora estão de férias e só começam o Campeonato Mineiro no final de janeiro. Confira os detalhes da partida a seguir.

Primeiro tempo: Total quebra de favoritismo e goleada construída rapidamente

Raça contra apatia, o placar mais justo seria uma goleada do time da raça e a justiça foi feita. O Cruzeiro entrou totalmente ligado no jogo ao contrário do Atlético que produziu absolutamente nada na primeira etapa.

No início do jogo já dava para perceber que iriam acontecer expulsões na partida, Pierre tomou uma cotovelada na área, a arbitragem não viu e nada fez.

Como esperado, a técnica passou longe do clássico. A raça foi o que apareceu e o Cruzeiro ficou anos luz na frente do Galo nesse quisito. Mais presente no campo ofensivo, o Cruzeiro aproveitou ainda a falta de combatividade do meio-campo atleticano para abrir o placar, aos 8min. Anselmo Ramon fez grande jogada pela direita, driblou os dois marcadores e cruzou para Roger completar, no canto esquerdo de Renan Ribeiro: 1 a 0. Festa total cruzeirense na Arena do Jacaré.

O Cruzeiro adotou uma estratégia que deu certo e foi perigo constante para o Galo: marcar forte no campo de defesa do adversário e sempre apostar em um homem aberto pelos lados. Já o Atlético não conseguia criar pelas laterais. Richarlyson e Bernard não funcionaram pela esquerda, enquanto o direito inexistiu. Serginho ficou muito preso no combate, enquanto Carlos César fechou muito pelo meio-campo.

Aos 28min, o Cruzeiro ampliou o placar e aliviou ainda mais a torcida, jogadores, comissão técnica e dirigentes. Roger cobrou falta pela esquerda e Leandro Guerreiro testou para as redes de Renan Ribeiro: 2 a 0. Foi o suficiente para o técnico Cuca, inconformado com a atuação de sua equipe, mexer pela primeira vez, logo aos 32. Ele desfez o esquema e retomou a antiga formação, com Magno Alves entrando na vaga de Serginho. Carlos César foi para a direita e Bernard para o meio.

Mas o primeiro tempo não parou por ai tinha muito mais. aos 33min. Wellington Paulista venceu Réver pela resistência, e cruzou rasteiro. Anselmo Ramon ganhou na disputa de corpo com Leonardo Silva e completou por entre as pernas de Renan Ribeiro: 3 a 0. Nem precisa falar como estava a torcida na Arena do Jacaré, delírio total.

Quando todos pensavam que o primeiro tempo ia terminar somente com três gols cabia mais um. Fabrício arriscou de fora da área, a bola bateu em Richarlyson e foi o quarto gol da Raposa no jogo, 4 a 0 no placar.

Segundo tempo: Atlético totalmente batido é esmagado por Cruzeiro

O Segundo tempo começou tenso, dois foguetes foram lançados em direção a Renan Ribeiro que reclamou de dores no ouvido, o jogo foi paralisado e a polícia retomou atenção dos torcedores.

A partida foi reiniciada, mas o ritmo não era o mesmo do primeiro tempo. Só que o Atlético também não melhorou, o que deixou o Cruzeiro à vontade. E o time celeste aproveitou para ampliar a goleada, aos 11min. Roger, nome do clássico, fez grande jogada pela direita, driblou dois marcadores e cruzou na medida para Wellington Paulista completar de cabeça, encobrindo Renan Ribeiro. Leonardo Silva ainda tentou tirar, mas a bola ultrapassou a linha e o gol foi confirmado pelo árbitro: 5 a 0 e enorme festa na Arena do Jacaré.

O Galo chegou ao gol de honra mas e daí? A torcida estava fazendo uma enorme festa no estádio e ninguém estava ligando para o gol do Galo. Leonardo Silva, contundido, deu lugar a Werley que minutos depois se envolveu em um lance com Wellington Paulista e ambos foram expulsos, coisa totalmente previsível de acontecer pelo rumo que o clássico estava tomando desde o início da partida.

Os celestes já comemoravam com a torcida, quando ainda fizeram o sexto gol e conquistaram um resultado histórico ante o arquirrival. Aos 43min, Ortigoza levou a melhor sobre Carlos César e finalizou. A bola ainda tocou em Everton e Réver antes de entrar. O gol foi confirmado para o atacante. A festa, que já estava completa, virou uma sensação de indescritível alegria celeste. Para os atleticanos, a decepção de não ter correspondido à expectativa dos torcedores.

CRUZEIRO 6 X 1 ATLÉTICO

Cruzeiro: Rafael; Leo, Naldo, Victorino e Diego Renan; Leandro Guerreiro, Fabrício, Charles (Farías) e Roger (Ortigoza); Anselmo Ramon (Everton) e Wellington Paulista. Técnico: Vágner Mancini
Atlético: Renan Ribeiro; Serginho (Magno Alves), Leonardo Silva (Werley), Réver e Richarlyson; Pierre, Fillipe Soutto, Carlos César e Daniel Carvalho; Bernard e André. Técnico: Cuca

Motivo: 38ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas
Gols: Roger, 8, Leandro Guerreiro, 28, Anselmo Ramon, 33min do 1ºT; Wellington Paulista, 11, Réver, 15, Ortigoza, 43min do 2ºT
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Assistentes: Carlos Berkenbrock (Fifa-SC) e Júlio César Rodrigues Santos (CBF-RS)
Cartões amarelos: Pierre, Richarlyson (ATL); Leandro Guerreiro, Roger (CRU)
Cartões vermelhos: Werley (ATL); Wellington Paulista (CRU)
Público: 18.500 pagantes
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