24 de fev. de 2012

ADVOCACIA GERAL APROVA ACORDO ENTRE BWA E ATLÉTICO PARA EXPLORAÇÃO COMERCIAL DO INDEPENDÊNCIA


O acordo entre a empresa BWA e o Atlético para exploração comercial do Estádio Independência foi aprovada nesta sexta-feira pela advocacia geral do estado. Sendo assim o Atlético terá direito a 45% dos lucros líquidos do estádio, sendo os outros 45% da BWA, 5% do América e 5% do governo do estado.

Para que esse acordo fosse aceito, várias clausulas tiveram de ser impostas já que o Atlético só será parceiro da exploração comercial e não administrador do estádio. Isso ocorre devido ao edital de licitação do estádio que impede uma pessoa física ou jurídica estar ligada a administração do próprio.

O advogado geral admitiu que a redação original do contrato gerava dúvidas sobre a interferência do Atlético na administração. No entanto, com as alterações, ficará clara a natureza comercial do documento. “Uma cláusula afrontava o edital de licitação. Uma cláusula que dava a entender que passava a administração para o Atlético foi retirada. Na verdade, estava mal colocado no contrato, poderia dar essa impressão. Na verdade, não se quis nunca passar a administração para o Atlético”, acrescentou Romanelli.

No fim da tarde desta sexta-feira, a Secretaria de Estado Extraordinária da Copa (Secopa) publicou nota lembrando que, só após as alterações no contrato e a avaliação da Advocacia Geral, o documento firmado entre Atlético e BWA será oficialmente considerado legal. Por ora, o que há é um acordo verbal entre todas as partes no sentido de alterar as cláusulas.

”O Atlético não administra o Independência, mas queremos transformar o Independência na nossa casa. Além dos lucros, queremos que torcida abrace o Independência. A administração será da BWA. O estádio é de propriedade do América, que fique muito claro. Tudo que tínhamos de interesse no contrato, está preservado”, disse Kalil.

Em entrevista ao jornal Lance!, o presidente cruzeirense, Gilvan de Pinho Tavares, disse que acordos de exploração comercial do estádio, como o fechado pelo Atlético com a BWA, não interessam ao Cruzeiro.

”Muito antes de esse contrato entre Atlético e BWA vir à tona, nós conversamos com a BWA e ficou acordado que o Cruzeiro ficaria com 100% da renda dos jogos. Isso é o que importa para o clube. Quanto à exploração comercial, os lucros de bares, restaurantes e estacionamento, isso não interessa ao Cruzeiro”, declarou Gilvan.

Segundo Marcus Salum, integrante do Conselho Administrativo do Coelho, os direitos do clube foram preservados: “O América cedeu o estádio com essas condições, direitos de marcar jogos, preferência de vestiário, identidade visual. Qualquer empresa que administrar o estádio, tem que seguir o edital. Tudo que o América acertou será preservado. Cumprimos nossa missão de vir aqui resguardar os direitos do clube”, disse Salum.

Juarez Rodrigues/EM/D.A PressJá renda de bilheteria das partidas é do clube mandante: “Ela é do time que joga. O Cruzeiro vai pegar a renda, vai pagar a despesa que o estádio cobra. A parte comercial do Atlético é em cima de toda despesa e em cima de todo lucro. O América e o governo têm 10% da receita bruta do estádio. O Atlético receberá 45% sobre os lucros do estádio. É uma coisa diferente”, ressalta Marcus Salum.

O dirigente do América não acredita que o Atlético vá criar obstáculos para que os rivais mandem seus jogos no Independência: “A motivação do administrador do estádio não é cobrar para a pessoa jogar, é levar o clube para jogar, pois o bar funciona, tudo funciona.”

O Atlético concordou de cumprir as cláusulas impostas pela advocacia geral que ainda examinará o novo contrato que será feito.

Bruno Santana
bruno_santsouza@hotmail.com
@brunosantsouza

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