EM JOGO ENCARDIDO, GALO VIRA E MANTÉM INVENCIBILIDADE

Contra o Cruzeiro, o Villa Nova já demonstrara sua capacidade de marcação, mas também de perder gols. Contudo, seria adversário complicado para o invicto Atlético. Até mesmo pelo local da partida. O Alçapão do Bonfim há muito tempo não tem boas condições de uso. O gramado é o maior dos problemas. Num local é alto, noutro, baixo. As gramas, as mais variadas possíveis. Sem contar a dimensão reduzida.

Um adversário encardido. Assim podemos classificar o bravo time de Nova Lima que lutou durante os noventa minutos. Tanto, que faltou gás no fim da partida, quando tomou a virada para o Atlético. Os mandantes abriram o placar assim que tiveram a chance, com Eliandro, no primeiro tempo. O Galo virou numa combinação de substituição certeira de Cuca e errada de Mauro Fernandes. Os gols atleticanos foram marcados por Berola e Rafael Marques. O Atlético segue com aproveitamento total no Campeonato Mineiro.

Foto: Bruno Cantini/Atlético 

A partida começou com o Villa armado para sair nos contra-ataques. O primeiro lance de perigo aconteceu aos 9, quando Guilherme ficou de frente com Élisson, que abafou. Dois minutos depois, Marcos Rocha arriscou e o goleiro mandou para córner.

O Leão sentia dificuldades para atacar. O Atlético nem tanto, mas pecava na finalização. Aos 19, Mancini cobrou falta e Élisson teve dificuldades para defender. A partida ficava mais no “perde e ganha” do que no toque de bola. Isso, claro, devido ao péssimo estado do gramado. Quando chegou pela primeira vez ao gol atleticano, os villanovenses marcaram. Aos 37, Alex Santos chutou, a bola bateu no atleticano e sobrou limpa para Eliandro marcar.

Dois lances a se lamentar no primeiro tempo. Num, o centroavante Eliandro deu uma cotovelada em Réver. Noutro, Escudero entrou na onda e tamém cotovelou um adversário. A vítima foi o volante Hinik. O árbitro nada marcou nos dois lances.

Para o segundo tempo Cuca colocou Wesley e Triguinho nos lugares de Richarlyson e Escudero, ambos amarelados. O Atlético ganhou em velocidade. Mancini era quem mais arriscava pelo Galo. Também, devido às várias faltas cometidas pela defesa do Villa que, na maioria das vezes, só parava o ataque atleticano desta forma. A equipe alvinegra também cometia muitas faltas. O jogo era pegado.

O ponto “X” da partida ocorreu aos 23 minutos. Cuca sacou Mancini para colocar Neto Berola. Mauro Fernandes tirou o zagueiro Heitor, que fazia bom jogo, e colocou Deivisson, também zagueiro. O Atlético passou a atacar com maior voracidade. O Villa só se defendia. Aos 28, Berola marcou o dele após arrancada pela esquerda e chute cruzado dentro da área.

Foto: Bruno Cantini/Atlético

A pressão do Galo continuou e a virada parecia questão de tempo. Difícil mesmo era bater o bom goleiro Élisson. Mas aos 33, Pierre chuta, Carciano toca na bola, mas não a pega. A redonda sobra para Rafael Marques, na entrada da área, que chuta rasteiro para virar.

Na etapa final, um show de cartões amarelos. Pelo lado do Villa, Pedro e Deivisson. Pelos alvinegros, Mancini, Pierre, Neto Berola e Leandro Donizete. Aos 46, o zagueiro Paulo Roberto, do Villa, foi expulso em lance passível apenas de amarelo. Contra o Galo, Emerson de Almeida Ferreira deixou de marcar um pênalti em cima de André. A bronca veio de todos os lados por conta da tarde/noite infeliz da arbitragem.

Na próxima rodada o Villa recebe o Boa, quarta-feira (04/04), às 20h30, em Nova Lima. O Atlético enfrenta o Democrata-GV, em Sete Lagoas, no próximo sábado, às 18h30. O Atlético segue líder do Mineiro com 21 pontos e o Villa Nova caiu para a oitava posição, com 7.

Ficha do jogo:

Atlético: Renan Ribeiro; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Richarlyson (Triguinho); Pierre, Leandro Donizete, Mancini (Wesley) e Escudero (Neto Berola); Guilherme e André. Técnico: Cuca

Villa Nova: Élisson; Heitor (Deivisson), Carciano e Paulo Roberto; Alex Santos, Marcos Pinguim, Francismar (Thiaguinho), Henrique (Felipe), Henik e Pedro; Eliandro. Técnico: Mauro Fernandes

Local: estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima

Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira

Auxiliares: Guilherme Dias Camilo e Frederico Soares Vilarinho