21 de nov. de 2011

SITUAÇÃO ESTÁ FICANDO CADA VEZ MAIS DRAMÁTICA

 O Cruzeiro tinha a oportunidade de ouro neste domingo ao receber o Atlético-PR, adversário direto na briga pelo rebaixamento, em casa com o torcedor apoiando. Se a Raposa vencesse chegaria aos 41 pontos e abriria três em relação do grupo dos quatro últimos.

Mas o time de Vagner Mancini jogou mal e acabou saindo no lucro com um empate de 1 a 1 que manteve o time em 16° com um ponto a mais que Ceará e Atlético-PR que estão na zona de rebaixamento com 37 pontos.


O Cruzeiro agora terá uma missão um pouco mais difícil. A Raposa irá a Fortaleza enfrentar o Ceará, outro adversário direto na briga pelo rebaixamento, no Estádio Presidente Vargas. A missão do time celeste está ficando cada vez mais dramática já que é a penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.
Se empatar ou perder o time estrelado pode decidir a vida dele na Arena do Jacaré no super clássico contra o Atlético que também não se livrou totalmente do rebaixamento. Já pensou em um clássico que pode decidir um rebaixado? Isso está muito perto de acontecer.


O gol do Atlético Paranaense foi marcado por Marcinho e Charles empatou a partida, tudo aconteceu no primeiro tempo. Veja os detalhes a seguir:


Primeiro tempo: Falhas e empate na superação cruzeirense
Torcida bateu recorde de público da Arena, mas se decepcionou - Alexandre Guzanshe/EM/D.APress
Torcida cruzeirense lotou a Arena do Jacaré

18.139 pessoas pagaram para ver o jogo, público recorde da Arena do Jacaré. Mas não foram somente 18.139 pessoas que sofreram não. Milhões de cruzeirenses dessa imensa “China Azul” sofreram neste domingo. O jogo começou tenso, com poucas chances reais de gol para ambos os lados. O Cruzeiro tinha a seu favor a pressão incessante da torcida sobre o adversário, mas abusava dos passes errados. Com três atacantes , Anselmo Ramon, Wellington Paulista e Ortigoza, o clube tinha obrigação de obter as ações da partida, mas não foi o que aconteceu.

O primeiro lance de real perigo foi do Atlético-PR. Em cruzamento pela direita, Paulo Baier subiu sozinho no miolo da zaga cruzeirense e cabeceou forte. Para a sorte do Cruzeiro, a bola passou à esquerda de Fábio, que nada poderia fazer, se o disparo tivesse tido direção.

E
ra justamente pela direita que o Atlético-PR levava maior perigo. O ex-cruzeirense Guerrón foi muito acionado naquele setor e travou duelo individual com Diego Renan, seu marcador. O equatoriano estava tão aguerrido na partida que cometeu quatro faltas de ataque em menos de 20 minutos de jogo.

Aos 20 minutos, o Cruzeiro esboçou uma pressão. Montillo e Ortigoza tabelaram na entrada da área e a zaga atleticana tirou a bola no momento do arremate do paraguaio. No lance seguinte, Montillo cruzou da direita na segunda trave. Anselmo Ramon entrou por trás da zaga e finalizou com o pé esquerdo, na pequena área, mas a bola passou raspando à trave, na rede pelo lado de fora, no melhor lance do Cruzeiro no jogo.

Aos 26, veio o castigo pelos erros. Diego Renan falhou na zaga, furou o corte, Wendell se aproveitou na direita, corredor pelo qual o time paranaense fazia a feste cruzou para Marcinho, que, livre na pequena área, abriu o placar: 1 a 0.

O gol desarrumou ainda mais o Cruzeiro, que passou a buscar o gol na base do desespero, sem sucesso. O Atlético-PR ameaçava nos contragolpes. A partida seguiu com essa tona até o final do primeiro tempo, aumentando o sofrimento da torcida celeste. E foi num lance de velocidade que o Cruzeiro chegou ao empate. Aos 42 minutos, Wellington Paulista partiu pela esquerda, cruzou na segunda trave para Charles, que ganhou do goleiro e do defensor e marcou de cabeça, trombando nos adversários, para o fundo das redes. A trombada foi tão forte que Charles ficou dois minutos caído no chão, mas a Arena do Jacaré ficou em um clima assustador, 1 a 1.
Cruzeiro recebe o Atlético-PR - Alexandre Guzanshe/EM
O gol incendiou a Arena do Jacaré. Aos 46, o Cruzeiro quase virou o placar. Anselmo Ramon chegou pela esquerda e lançou Ortigoza na área. O paraguaio chutou rasteiro cruzado, mas a bola passou raspando a trave.


Segundo Tempo: Na raça Cruzeiro tentou se superar, mas acabou saindo “derrotado” com o empate
O Cruzeiro começou o segundo tempo em cima do Atlético-PR. Logo nos primeiros minutos, um toque de Charles para Ortigoza no centro da área quase representou a virada cruzeirense, mas o paraguaio mandou à direita do goleiro, raspando à trave.

Aos 15 minutos, Wellington Paulista cruzou da esquerda na cabeça de Ortigoza, na pequena área, mas o lateral Heracles se antecipou e salvou o Atlético-PR. O Cruzeiro seguiu pressionando, mas sem organização e se expondo aos contra-ataques atleticanos.

Aos 26, em velocidade, Guerrón entrou cara a cara com Fábio e Leandro Guerreiro salvou de carrinho. No lance seguinte, Cléber Santana chutou forte, de dentro da área, e Guerreiro salvou o time novamente, de cabeça. A torcida imediatamente passou a gritar o nome do volante.

Aos 30, o Cruzeiro chegou perto da virada. Montillo cruzou da direita e Anselmo Ramon desviou na marca do pênalti, mas a bola passou à direita do goleiro Renan. Dois minutos depois, Montillo penetrou na direita da defesa atleticana e chutou na saída do arqueiro, que realizou defesa milagrosa.

Aos 38 minutos, o Atlético-PR teve um gol mal anulado. Paulo Baier penetrou sozinho na área e tocou na saída de Fábio, mas o lance já estava parado, por um impedimento inexistente do jogador atleticano. O Furacão ainda deu pressão no Cruzeiro nos minutos finais da partida, mas também não teve competência para marcar. Final de jogo e a situação está ficando cada vez mais dramáticda na Toca da Raposa, 1 a 1.

CRUZEIRO 1 X 1 ATLÉTICO-PR

Cruzeiro: Fábio, Marquinhos Paraná, Leandro Guerreiro, Cribari e Diego Renan; Fabrício, Charles (Everton) e Montillo; Anselmo Ramon, Ortigoza (Roger) e Wellington Paulista (Farías). Técnico: Vágner Mancini
Atlético-PR: Renan Rocha, Wendel Santos, Gustavo, Manoel e Heracles; Renan (Cléber Santana), Marcelo Oliveira, Paulo Baier e Marcinho (Adaílton); Guerrón e Morro Garcia (Branquinho).

Motivo: 36ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas-MG
Data: 20 de novembro, domingo
Gols: Marcinho aos 26 e Charles aos 42 do primeiro tempo.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden
Auxiliares: Julio César Rodrigues Santos e Marcelo Bertanha Barison
Cartão amarelo: Guerrón
Público pagante: 18.139
Renda: R$ 118.590,75


Bruno Santana
bruno_santsouza@hotmail.com
@brunosantsouza

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