27 de jun. de 2013

ESPANHA VENCE ITÁLIA NOS PÊNALTIS E ESTÁ NA FINAL DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES

Espanha e Itália fizeram na tarde dessa quinta-feira a segunda semifinal da Copa das Confederações FIFA 2013, no Estádio Castelão, em Fortaleza. Com o placar em branco nos noventa minutos e na prorrogação, as equipes foram para a disputa de pênaltis para decidir o finalista da competição.
Todos acertando as cobranças até chegar na sétima série. Bonucci foi para a cobrança pelo lado italiano e isolou. Jesus Navas foi para a cobrança no lado espanhol e colocou a Fúria na decisão da competição.
REUTERS/Kai Pfaffenbach
Brasil x Espanha farão o tão esperado confronto dos amantes do futebol no Maracanã pela final da Copa das Confederações 2013.
A Espanha irá enfrentar o Brasil na grande final no domingo, às 19 horas, no Maracanã, no Rio de Janeiro. A final marcará o grande jogo que muitos amantes do futebol queriam ver. De um lado, a considerada melhor seleção do mundo, do outro, a maior campeã do mundo e da Copa das Confederações. Ou seja, o confronto de dois times de peso, de dois gigantes no maior templo do futebol brasileiro.

A Itália enfrenta o Uruguai, em Salvador, no domingo pela disputa do terceiro e quarto lugar, às 13 horas, na Arena Fonte Nova. Confira os detalhes da partida a seguir:

Primeiro tempo: Itália quebra rótulo espanhol de favorito e os encurralam na primeira etapa

A Espanha ensaiou que iria dominar a posse de bola e as ações da partida no início do jogo. A fúria chegou duas vezes ao ataque no começo. A Itália não via a cor da bola, era de se imaginar outro show da Espanha. A Espanha sim teve a maior posse de bola, mas não conseguiu decifrar em nenhuma chance expressiva de gol devido ao sistema defensivo italiano.

Aos 3 minutos, Gilardino tocou, da direita, para Giaccherini e o italiano mandou para fora. Aos 7, Maggio cabeceou para fora. Aos 14, Gilardino recebeu na área, desviou de primeira, mas mandou à esquerda do gol.

A Espanha rodava a bola, mas ninguém parecia confiar em Fernando Torres, que ganhou a vaga de Soldado. David Silva, no lugar de Fábregas, também não rendia. Assim, a costumeira sequência de passes beirava a área, mas não levava perigo ao gol de Buffon.

A Itália, apostava nos contra ataques e era eficiente. Aos 16 minutos, a Azurra criaram três chances reais. Casillas pegou um cabeceio feito por De Rossi, outro desvio do meia foi para fora, enquanto que Maggio, também pelo alto, mandou raspando a trave.

Todos viram uma Itália diferente da primeira fase que sofreu oito gols na competição. Um time que marcava forte e que tinha um ataque potente. Aos 35 minutos Giaccherini fez jogada pela esquerda e realizou um cruzamento perfeito para Maggio, que cabeceou para ótima defesa de Casillas. No minuto seguinte, Barzagli arriscou de meia distância e mandou para fora.

A Espanha, que era favorita, viu o nome da tetracampeã mundial entrar em campo. A única chance clara da Fúria aconteceu no final do primeiro tempo. Torres recebeu na área, girou como quis sobre Barzagli e bateu cruzado. Buffon ficou olhando a bola passar raspando a trave esquerda.

Segundo tempo: Times esbarram no cansaço e no forte calor

Os italianos fizeram valer do nome de sua seleção no primeiro tempo, mas o cansaço influenciou no segundo. O forte calor de Fortaleza também pesava contra os dois times europeus. A Azurra, por ser um time de idade mais alta que a Fúria e por ter corrido mais no primeiro tempo sofreu mais.

Passados 25 minutos de futebol na segunda etapa, a Espanha havia dado três chutes a gol, nenhum com perigo. A Itália, só um, também sem ameaçar. Tentando evitar a prorrogação, os dois times passaram a se esforçar mais em abrir o placar. Os italianos, pelo alto. Os espanhóis, na correria. Encontravam, ambos, marcação afrouxada, uma vez que o cansaço falava alto sob calor de 29 graus.

A Espanha aproveitou melhor e arriscou mais. Tanto que, aos 39 minutos, criou a única chance real de gol do segundo tempo. Torres carregou pelo meio e tocou para Navas, que rolou para o meio. Piqué apareceu como homem surpresa, mas chutou por cima. No último lance do jogo, aos 48, falta de Xavi na área, De Rossi desviou e tirou da cabeça de Piqué. O segundo tempo terminou com o primeiro empate da competição, 0 a 0.

Prorrogação: Espanha encontra forças e empurra Itália no final

Existem prorrogações que são melhores que 90 minutos de jogo. Não foi o caso dessa partida, mas muitas emoções estavam guardadas nesses minutos finais. Aos 2 minutos, a Itália teve a chance de ouro de abrir o placar e não conseguiu. Giaccherini acertou a trave de Casillas com um chute forte. Candreva criou a jogada pela direita e cruzou para Giovinco, que foi travado por Piqué. A bola sobrou para o lateral, que chutou muito forte. O goleiro espanhol só assistiu a trave tremer.

A Espanha acordou na prorrogação. Piqué, em duas oportunidades, teve duas grandes oportunidades. Na primeira, o defensor demorou demais para chutar e mandou por cima. Na segunda, o zagueiro do Barcelona cabeceou mal e De Rossi salvou. Quando a bola caiu em Sergio Ramos, o defensor demorou a perceber e acabou errando. Na única jogada genial de Iniesta no jogo, Alba também mandou por cima do travessão.

No segundo tempo os espanhóis tiraram fôlego de onde parecia não existir. Com isso, começaram a empurrar os italianos, cansados, para a retranca e criarem melhores oportunidades de gol. Em uma delas, Mata chutou colocado, o tiro do espanhol passou à direita do gol de Buffon. Xavi arriscou de longe e quase contou com a ajuda do arqueiro italiano. O goleiro foi com a mão mole, falhou, e viu a bola bater na trave. No rebote, Martínez chutou cruzado, para fora.

No último ataque, quando a torcida, que estava o tempo todo a favor da Itália, já pedia o fim do jogo, a Espanha quase fez. Em um contra-ataque quatro contra três, Navas rolou para Martínez, mas o volante tentou fazer de placa e furou. Fim de partida e disputa de pênaltis no Castelão.

Pênaltis: Cobranças com precisão até o chute de Bonucci

Foram seis cobranças para cada lado e doze gols no total. Candreva, na primeira cobrança para Itália, deu uma cavadinha tentando desmoralizar os espanhóis. Depois disso todos os jogadores pelo lado da Espanha e Itália bateram em cantos diferentes com precisão e sem chances para Casillas e Buffon.

Na sétima cobrança, Bonucci partiu pelo lado da Itália. No chute, o zagueiro italiano mandou a bola por cima da meta espanhola. Jesus Navas, que havia entrado no segundo tempo, tinha a responsabilidade de botar a Fúria na primeira decisão de Copa das Confederações na história do país. Navas bateu no canto direito e fez o gol da classificação espanhola para a final, Espanha 7 a 6.

ESPANHA 0 (7) x (6) 0 ITÁLIA

ESPANHA: Casillas; Arbeloa, Sérgio Ramos, Piqué e Jordi Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e David Silva (Jesus Navas); Pedro (Mata) e Fernando Torres (Javi Martinez). Técnico: Vicente Del Bosque
ITÁLIA: Buffon; Bonucci, Chiellini e Barzagli (Montolivo); Maggio, De Rossi, Pirlo, Marchisio (Aquilani), Giaccherini e Candreva; Gilardino (Giovinco). Técnico: Cesare Prandelli

Local: Estádio Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 27 de junho de 2013, quinta-feira
Árbitro: Howard Webb (Inglaterra)
Assistentes: Michael Mullarkey e Darren Cann (Inglaterra)
Cartões amarelos: De Rossi (ITA); Piqué (ESP)
Pênaltis: ESPANHA: Xavi, Iniesta, Piqué, Sérgio Ramos, Mata, Busquets e Navas converteram;
ITÁLIA: Candreva, Aquilani, De Rossi, Giovinco, Pirlo e Montolivo converteram; Bonucci desperdiçou

Bruno Santana
bruno_santsouza@hotmail.com
@brunosantsouza

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