11 de jun. de 2011

A DERROTA DE UM EMPATE: CRUZEIRO É INEFICIENTE E CEDE NO FINAL

A primeira vitória parecia estar nas mãos, mas no último minuto regulamentar Borges acabou com a festa celeste na Arena do Jacaré.

Ao apito inicial de Marcelo de Lima Henrique até o último minuto acrescido vimos um time com o objetivo de vencer e outra equipe com o objetivo de não perder. Pro delírio dos pragmáticos e terror dos saudosistas, o Santos pode ser considerado um vitorioso pela partida defensivista que a equipe optou. 

O Cruzeiro pressionou muito e conseguiu quatro escanteios nos primeiros quatro minutos. O Santos pouco chegava e só conseguiu atacar aos onze minutos com Tiago Alves chutando pra fora. Nada mais. Começa aparecer então um dos principais personagens do jogo: Aranha. Wallyson bate na entrada da grande área pro arqueiro mandar para córner. O Cruzeiro permanecia melhor e assustava o time Baixada, mas não conseguia concluir em gol as boas jogadas armadas pelo meio campo.
Wallyson é o melhor do Cruzeiro, Montillo é muito acionado e não se esconde da bola. O argentino sempre tentava jogadas agudas que, apesar de não terem grande êxito, mostrava que o meia não era omisso na partida.


Só dava Raposa, mas o Santos estava com os contragolpes armados e foi num deles que o time assustou os torcedores na Arena do Jacaré. Roger Gaúcho bateu dentro da grande área e Fábio espalmou mandando pra escanteio. Apesar do grande volume de jogo, o Cruzeiro não conseguia transformá-lo em finalizações. A pressão era de encurralar o Santos pro campo defensivo, mas não de chegar à meta santista.

Na volta pra segunda etapa não tivemos alterações em quaisquer das equipes, mas logo aos quatro minutos Victor teve de ser substituído por sentir dores na coxa direita. Poucos segundos depois o zagueiro Vinícius, do Santos, recebeu o segundo amarelo e consequentemente foi expulso.

O segundo tempo foi o replay do primeiro. Desde o início pressão celeste e o Santos acuado, principalmente por perder um jogador de defesa. Fabrício e Montillo tentam surpreender o tima da vila, mas o volante chuta pra fora e o argentino para em Aranha. Aos oito minutos, Wallace que acabara de entrar comete pênalti em Anselmo Romón. Montillo cobrou e converteu. Chute rasteiro no canto esquerdo de Aranha que foi pro lado oposto.
O gol fez justiça à equipe que estava melhor, muito melhor em campo. Dudu entrou muito bem no jogo. O Cruzeiro envolve o meio de campo santista que não faz boa marcação e deixa a equipe celeste armar jogadas e chegar com perigo a todo momento. Era ataque contra defesa. Aranha já era o nome do jogo, mas, apesar disso a equipe mineira pecava muita nas finalizações, era ineficiente. Aos trinta e sete Montillo acertou um chutaço no travessão jogando a torcida pra cima. 

A velha máxima do "quem não faz leva" prevaleceu em Sete Lagoas. O Cruzeiro foi superior o tempo todo, mas não capaz de matar o jogo e liquidar a fatura, isso ainda dava esperanças pro Santos, quem sabe, sair com um empate. Não deu outra! Aos quarenta e quatro, após falta cobrada, Borges testou no canto direito de Fábio.


Ao final da partida Cuca concedeu entrevista e, logicamente, foi perguntado se fica ou não na equipe e sobra a partida: 

"O pessoal é meu amigo, somos parceiros, estamos todos os dias juntos. Eu jamais vou me acovardar, mas temos que entender eles podem estar pensando em alguma coisa, mas não faz por uma ou outra razão. Somos profissionais, eles tem total liberdade para fazerem o que quiser. De repente se eles acharem que tenham que tomar este caminho (de demití-lo) agente concorda.

"Eu estou envergonhado. Nem sairei de casa hoje com minha mulher, mesmo pra comemorar o dia dos namorados. Nós jogamos com um time descaracterizado ainda que com muita vontade e perdemos dois pontos em casa criando 'trezentas' chances de gol. Dá vergonha. E o sentimento que o torcedor tem, de represália, de xingar, ele tem toda razão. Eu faria a mesma coisa."

Valdir Barbosa comentou sobre a reunião com Cuca no vestiário:

"Em momento algum conversamos com o Cuca de saída, de troca de treinador."

Ficha do Jogo:

Cruzeiro: Fábio; Vitor, Gil, Léo e Gilberto; Marquinhos Paraná, Henrique, Fabrício e Montillo; Wallyson e Anselmo Ramón. Técnico: Cuca

Santos: Aranha; Bruno Aguiar, Rafael Caldeira, Vinícius e Alex Sandro; Charles, Rodrigo Possebon e Roger Gaúcho; Rychely, Borges e Tiago Alves. Técnico: Muricy Ramalho

Local: Arena do Jacaré/Sete Lagoas-MG

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique
Auxiliares: Altemir Haussman e Roberto Braatz

Público: 6.703 pagantes
Renda: R$10.820,00

Matheus de Oliveira


Fotos: Washington Alves/Vipcomm e superesportes.com.br 

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