26 de jul. de 2013

AINDA NÃO CAIU A FICHA!

Depois de 42 anos carente de um título de expressão, o Galo finalmente conquistou a América. O dia 24 de julho de 2013 não sairá da cabeça de milhões de atleticanos que estavam no estádio ou em qualquer canto do mundo torcendo por esse momento.

Na internet temos vários vídeos mostrando o quanto a torcida esperava por esse momento. O primeiro mostra um torcedor, que vem se recuperando de um infarto no hospital, comemorando o título do clube alvinegro.


O segundo, mostra um torcedor filmando a torcida cantando Vou Festejar de Beth Carvalho emocionado no Mineirão.


A ficha ainda não caiu para os torcedores “donos da América”. Veja o depoimento de algumas torcedoras após o tão esperado título da Copa Libertadores:

“Foi inexplicável! Tinha muito cruzeirense perto de mim zoando. Acabou o primeiro tempo e foguetes eram soltos por todos os lados. O povo falando na minha cabeça e veio o primeiro gol, era só alegria! Já sabia que o próximo viria, quando veio eu chorei demais. Ai veio a prorrogação, sem gols. Nos pênaltis eu fiquei ajoelhada. O Victor defendeu, ai eu já soltei todos os foguetes porque eu já sabia que era Galo. Depois meu pai me ligou gritando ‘é campeão’ e naquela hora eu chorava, gritava com todos os cruzeirenses que ali estavam, inclusive meu namorado que disse que preferia ver o Cruzeiro na segunda divisão ao ver o Galo campeão”. Disse a torcedora Isabelle Santos.

“A verdade é que eu não acreditei. Fiquei perguntando para minha prima se era verdade e comecei a gritar "eu tenho uma Libertadores, eu tenho uma Libertadores" e abracei quem eu via pela frente. Sensação única! Poderão vir outras Libertadores, mas a emoção da primeira tão esperada vai ficar eternizada em mim. Meu pai morreu esperando por isso, e poder vivenciar esse momento do Galo foi como entregar essa taça pra ele”. Disse a atleticana Glauce França.

“Nossa passou tanta coisa, mas acho que o principal foi toda nossa luta desde o início. A grande fé e esperança que envolvia os torcedores em um time desacreditado por todos, sem histórico de Libertadores, um técnico azarado, jogadores que eram descartados pelos outros times. O mais importante foi a torcida que fez toda a diferença acreditou desde o inicio, chorou e lutou junto com os jogadores. Tudo foi muito lindo”. Disse Barbara Beatriz.

Eu já me encontrava em um estado enorme de ansiedade. Depois que passou a prorrogação e foi para os pênaltis, eu já me ajoelhei e fiquei ali ajoelhada. Quando eu vi aquela última bola sendo lançada na trave, eu primeiramente agradeci a Deus e depois levantei sem rumo, andando de um lado pro outro gritando ‘é campeão’ abraçando todo mundo que eu via pela frente, falando eu sempre acreditei, sempre! Chorando muito, como eu estava em um bar, eu desci correndo e fui pra rua junto com mais um monte de atleticanos e paramos a avenida do Barreiro, começamos a cantar e gritar, e todo mundo se abraçando, eu só sabia chorar, nada mais que isso. Depois, saímos pelas ruas do barreiro sentada no vidro do carro, gritando “ é Galo, é Galo pra todo mundo, em qualquer lugar que íamos estava cheio de atleticanos, e nós estávamos gritando e chorando, cantando o hino , aquela adrenalina, depois resolvemos ir pra Praça Sete e ficamos lá até as 4 da manhã, gritando. Foi a melhor sensação da minha vida sem comparações! Disse a torcedora alvinegra Michele Santana.

Quarta-feira, 24/07 = 2+4+7 = 13. 13 é GALO! Chegou o grande dia! Depois de duas semanas sem dormir direito, com dor de estômago de tanta ansiedade, chegou o dia! Ingresso comprado, manto escolhido, bandeira pronta. Apesar da desvantagem do galão no primeiro jogo, desde aquele jogo contra o Tijuana, no Independência, aquela defesa milagrosa, eu tinha certeza que o galo seria campeão. Apesar de todas as zoações, os secadores e as chapinhas dos adversários, eu acreditava. Acreditava não, eu tinha certeza! Mineirão lotado. Torcida feliz, cantando, acreditando, verdadeiramente acreditando! Os atleticanos, assim como eu, sabiam que aquele dia ficaria marcado nas nossas vidas. Sabíamos que o título seria nosso. O primeiro tempo sem gols e o coração apertado. O gol logo no início do primeiro tempo aliviou o coração da massa. O meu não. Coração acelerado, mãos dormentes, boca seca, vista embaçada. Fui parar na ambulância. Não vi o segundo gol, mas ouvi. Dentro da ambulância, meu coração disparou. Chorei muito. A enfermeira não queria me deixar voltar, mas não poderia deixar de ver o Réver levantar a taça. Na prorrogação, quase... Muitas vezes quase. Vamos lá... Com o Galo é sofrido mesmo. Vamos aos pênaltis. Fiquei sabendo que uma vidente havia dito que o Olímpia ficaria com o título nos pênaltis. Pensei nisso. Eles têm videntes, nós temos fé, jogadores, e o São Victor. Sabia que ele nos salvaria novamente, mas não tão cedo. A defesa da primeira batida me fez abrir um sorriso e as lágrimas já começaram a cair. O coração continuava acelerado a cada batida até ver aquela bola na trave. Explosão! O grito guardado há tantos anos foi liberado. Euforia, choro, emoção. Um misto de sensações indescritíveis! Abraços em quem nem conhecia! Choro, muito choro! Pensei no meu pai e no meu tio que faleceram sem viver essa emoção. Pensei nos meus filhos e nas histórias que contaria a eles. Pensei nas fases ruins, nas tantas vezes que quase chegamos. Pensei: “ Esse é o galo que eu sempre sonhei ver!” Pensei nos adversários, naqueles que não acreditaram, naqueles que nos menosprezaram e pensei: “Chupa!”. É complicado descrever todas essas sensações, toda alegria e emoção. Se me fosse pedido para descrever aquele dia em apenas uma palavra, esta seria Paixão. Paixão pelo meu Clube Atlético Mineiro. Eu acreditei. Sempre acreditei no meu Galo. Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na vitória ou na derrota: Aqui é Galo!

0 comentários

Postar um comentário