Quarta-feira, 24/07 = 2+4+7 = 13. 13 é GALO! Chegou o grande
dia! Depois de duas semanas sem dormir direito, com dor de estômago de tanta
ansiedade, chegou o dia! Ingresso comprado, manto escolhido, bandeira pronta.
Apesar da desvantagem do galão no primeiro jogo, desde aquele jogo contra o
Tijuana, no Independência, aquela defesa milagrosa, eu tinha certeza que o galo
seria campeão. Apesar de todas as zoações, os secadores e as chapinhas dos
adversários, eu acreditava. Acreditava não, eu tinha certeza! Mineirão lotado.
Torcida feliz, cantando, acreditando, verdadeiramente acreditando! Os
atleticanos, assim como eu, sabiam que aquele dia ficaria marcado nas nossas
vidas. Sabíamos que o título seria nosso. O primeiro tempo sem gols e o coração
apertado. O gol logo no início do primeiro tempo aliviou o coração da massa. O
meu não. Coração acelerado, mãos dormentes, boca seca, vista embaçada. Fui
parar na ambulância. Não vi o segundo gol, mas ouvi. Dentro da ambulância, meu
coração disparou. Chorei muito. A enfermeira não queria me deixar voltar, mas
não poderia deixar de ver o Réver levantar a taça. Na prorrogação, quase...
Muitas vezes quase. Vamos lá... Com o Galo é sofrido mesmo. Vamos aos pênaltis.
Fiquei sabendo que uma vidente havia dito que o Olímpia ficaria com o título
nos pênaltis. Pensei nisso. Eles têm videntes, nós temos fé, jogadores, e o São
Victor. Sabia que ele nos salvaria novamente, mas não tão cedo. A defesa da
primeira batida me fez abrir um sorriso e as lágrimas já começaram a cair. O
coração continuava acelerado a cada batida até ver aquela bola na trave.
Explosão! O grito guardado há tantos anos foi liberado. Euforia, choro, emoção.
Um misto de sensações indescritíveis! Abraços em quem nem conhecia! Choro,
muito choro! Pensei no meu pai e no meu tio que faleceram sem viver essa
emoção. Pensei nos meus filhos e nas histórias que contaria a eles. Pensei nas
fases ruins, nas tantas vezes que quase chegamos. Pensei: “ Esse é o galo que
eu sempre sonhei ver!” Pensei nos adversários, naqueles que não acreditaram,
naqueles que nos menosprezaram e pensei: “Chupa!”. É complicado descrever todas
essas sensações, toda alegria e emoção. Se me fosse pedido para descrever
aquele dia em apenas uma palavra, esta seria Paixão. Paixão pelo meu Clube
Atlético Mineiro. Eu acreditei. Sempre acreditei no meu Galo. Na alegria ou na
tristeza, na saúde ou na doença, na vitória ou na derrota: Aqui é Galo!
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