28 de jul. de 2013

LAGRIMAS DE UM ALÍVIO. GALO É CAMPEÃO!

Susto desta vez foi no Paraguai.

A dose de sofrimento só aumentava. O Galo foi ao Paraguai no dia 17 de julho pelo primeiro jogo da inédita final da Copa Libertadores. Com uma festa linda do Olímpia com seu mosaico 360° no Defensores Del Chaco em Assunção.

A pressão no Paraguai era forte e o Galo não aguentou. O time de Cuca que estava perdendo por 1 a 0, com um gol de Alejandro Silva, teve um complicador aos 48 minutos do segundo tempo. Pittoni cobrou uma falta perfeita e fez o Galo perder novamente por 2 a 0 levando a missão para Belo Horizonte. Desta vez o palco não seria no Horto.

A torcida acreditou! Não é milagre, é Atlético Mineiro.

Desta vez o Galo não podia atuar no Independência. O estádio não tinha capacidade mínima para uma final de Libertadores que é 40 mil torcedores conforme manda o regulamento da competição. O Galo teria que ir para o Mineirão. Palco onde já havia sofrido algumas derrotas em finais de campeonato.

O “Eu acredito!” voltou a figurar nas redes sociais e nas falas de todos os torcedores do Atlético. O time voltou para Belo Horizonte com o apoio da torcida às 6 horas da manhã no Aeroporto de Confins. O Galo ainda não estava morto.

Presidente e jogadores do Olímpia acenavam para fotos com o gesto de 4 dedos levantados em alusão da futura conquista da quarta Libertadores para o time paraguaio. O Galo fazendo treinos secretos no CT de Vespasiano e no Mineirão.

O Galo precisava quebrar alguns tabus. Cuca tinha fama de fazer grandes trabalhos e ser vice-campeão sempre, a fama de azarado já acompanhava o treinador sempre. Leonardo Silva chegou ao Atlético em 2011 desacreditado pela torcida do Atlético por vir diretamente do seu maior rival, o Cruzeiro. Guilherme que veio com a missão de substituir Diego Tardelli que havia sido vendido para um time Russo, tinha um fardo nas costas da responsabilidade de fazer jus aos 6 milhões de euros investidos no jogador em 2011. Ronaldinho Gaúcho veio do Flamengo desacreditado por muitas pessoas e Jô foi dispensado pelo Internacional por indisciplina, ambos em 2012.

O tão esperado 24 de julho de 2013 chegou. A final da Libertadores! Nesta quarta-feira, os torcedores saiam para rua para trabalhar com a camisa do Galo e buzinavam por todo canto de Belo Horizonte, estavam confiantes como se tivessem ganhado a primeira partida. Todos acreditavam no Atlético Mineiro.

Enfim campeão!

No Mineirão o lema da torcida “Yes we C.A.M” foi estampado em seu mosaico. O maior já feito no Brasil. O Atlético encontrou dificuldades no primeiro tempo. O time do Olímpia fez um bloqueio na defesa e tentava assustar nos contra-ataques. No primeiro tempo o papel do time paraguaio foi bem cumprido e o 0 a 0 foi firmado no placar.

No segundo tempo, Pittoni, que havia feito o segundo gol em Assunção, devolveu ele para o Galo no primeiro minuto. Ao furar após um cruzamento de Rosinei, Jô finalizou fazendo o Mineirão explodir de festa.

O Mineirão entoava com mais força o “Eu acredito!”, jogadores, na base da raça, buscavam o segundo gol. Salgueiro teve a bola do jogo em um contra-ataque após driblar Victor e ficar com o gol livre. O jogador do Olímpia escorregou e o Galo continuou buscando o segundo gol.

O Olímpia ficou com um jogador a menos. O Galo procurava o gol e conseguiu na bacia das almas. Bernard cruzou na área e Leonardo Silva marcou o gol que selou o esforço alvinegro para empatar o placar agregado. O Galo conseguiu a prorrogação.

Na prorrogação com um a mais, o Galo teve duas oportunidades para selar o título ali mesmo. Réver cabeceou no travessão e Alecsandro perdeu uma chance cara a cara com o goleiro do time paraguaio. A disputas de pênaltis foi inevitável, mais uma vez o sofrimento estava sendo injetado nas veias dos atleticanos.

São Victor do Horto apareceu no Mineirão desta vez. O goleiro defendeu a primeira cobrança do Olímpia. Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva converteram todos os pênaltis atleticanos. Ronaldinho talvez não precisava bater a última cobrança.

A responsabilidade estava na mão dos Victor e nos pés de Gímenez. Quem carimbou o título do Galo foi o travessão. O jogador paraguaio errou a cobrança e pela primeira vez em seus 105 anos de história, o Galo se sagrou Campeão da Copa Libertadores da América.


Campanha:

14 jogos, 9 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. 29 gols feitos e 18 gols sofridos.

Artilharia:

Jô – 7 gols
Diego Tardelli – 6 gols
Ronaldinho – 4 gols
Bernard – 4 gols
Réver – 2 gols
Luan – 2 gols
Leonardo Silva – 1 gol
Guilherme – 1 gol
Alecsandro – 1 gol

Jogadores:

Goleiros: Victor, Lee e Giovani
Laterais: Junior César, Carlos César, Marcos Rocha e Michel.
Zagueiros: Réver, Leonardo Silva, Rafael Marques
Volantes: Leandro Donizete, Pierre, Josué, Richarlyson, Lucas Cândido, Rosinei e Serginho
Meias: Ronaldinho Gaúcho, Bernard e Guilherme
Atacantes: Jô, Diego Tardelli, Neto Berola, Alecsandro, Luan e Araújo.
Técnico: Cuca
Presidente: Alexandre Kalil

Principal nome alvinegro na competição.



Victor que cresceu como um gigante nos momentos mais críticos do clube na competição. Três defesas de pênaltis escreveram o nome do goleiro na história do Atlético.

0 comentários

Postar um comentário