Susto desta vez
foi no Paraguai.
A dose de sofrimento só aumentava. O Galo foi ao Paraguai
no dia 17 de julho pelo primeiro jogo da inédita final da Copa Libertadores.
Com uma festa linda do Olímpia com seu mosaico 360° no Defensores Del Chaco em
Assunção.
A pressão no Paraguai era forte e o Galo não aguentou. O
time de Cuca que estava perdendo por 1 a 0, com um gol de Alejandro Silva, teve
um complicador aos 48 minutos do segundo tempo. Pittoni cobrou uma falta
perfeita e fez o Galo perder novamente por 2 a 0 levando a missão para Belo
Horizonte. Desta vez o palco não seria no Horto.
A torcida
acreditou! Não é milagre, é Atlético Mineiro.
Desta vez o Galo não podia atuar no Independência. O
estádio não tinha capacidade mínima para uma final de Libertadores que é 40 mil
torcedores conforme manda o regulamento da competição. O Galo teria que ir para
o Mineirão. Palco onde já havia sofrido algumas derrotas em finais de
campeonato.
O “Eu acredito!” voltou a figurar nas redes sociais e nas
falas de todos os torcedores do Atlético. O time voltou para Belo Horizonte com
o apoio da torcida às 6 horas da manhã no Aeroporto de Confins. O Galo ainda
não estava morto.
Presidente e jogadores do Olímpia acenavam para fotos com
o gesto de 4 dedos levantados em alusão da futura conquista da quarta
Libertadores para o time paraguaio. O Galo fazendo treinos secretos no CT de
Vespasiano e no Mineirão.
O Galo precisava quebrar alguns tabus. Cuca tinha fama de
fazer grandes trabalhos e ser vice-campeão sempre, a fama de azarado já
acompanhava o treinador sempre. Leonardo Silva chegou ao Atlético em 2011
desacreditado pela torcida do Atlético por vir diretamente do seu maior rival,
o Cruzeiro. Guilherme que veio com a missão de substituir Diego Tardelli que
havia sido vendido para um time Russo, tinha um fardo nas costas da
responsabilidade de fazer jus aos 6 milhões de euros investidos no jogador em
2011. Ronaldinho Gaúcho veio do Flamengo desacreditado por muitas pessoas e Jô
foi dispensado pelo Internacional por indisciplina, ambos em 2012.
O tão esperado 24 de julho de 2013 chegou. A final da
Libertadores! Nesta quarta-feira, os torcedores saiam para rua para trabalhar
com a camisa do Galo e buzinavam por todo canto de Belo Horizonte, estavam
confiantes como se tivessem ganhado a primeira partida. Todos acreditavam no
Atlético Mineiro.
Enfim campeão!
No Mineirão o lema da torcida “Yes we C.A.M” foi
estampado em seu mosaico. O maior já feito no Brasil. O Atlético encontrou
dificuldades no primeiro tempo. O time do Olímpia fez um bloqueio na defesa e
tentava assustar nos contra-ataques. No primeiro tempo o papel do time
paraguaio foi bem cumprido e o 0 a 0 foi firmado no placar.
No segundo tempo, Pittoni, que havia feito o segundo gol
em Assunção, devolveu ele para o Galo no primeiro minuto. Ao furar após um
cruzamento de Rosinei, Jô finalizou fazendo o Mineirão explodir de festa.
O Mineirão entoava com mais força o “Eu acredito!”,
jogadores, na base da raça, buscavam o segundo gol. Salgueiro teve a bola do
jogo em um contra-ataque após driblar Victor e ficar com o gol livre. O jogador
do Olímpia escorregou e o Galo continuou buscando o segundo gol.
O Olímpia ficou com um jogador a menos. O Galo procurava
o gol e conseguiu na bacia das almas. Bernard cruzou na área e Leonardo Silva
marcou o gol que selou o esforço alvinegro para empatar o placar agregado. O
Galo conseguiu a prorrogação.
Na prorrogação com um a mais, o Galo teve duas
oportunidades para selar o título ali mesmo. Réver cabeceou no travessão e
Alecsandro perdeu uma chance cara a cara com o goleiro do time paraguaio. A
disputas de pênaltis foi inevitável, mais uma vez o sofrimento estava sendo
injetado nas veias dos atleticanos.
São Victor do Horto apareceu no Mineirão desta vez. O
goleiro defendeu a primeira cobrança do Olímpia. Alecsandro, Guilherme, Jô e
Leonardo Silva converteram todos os pênaltis atleticanos. Ronaldinho talvez não
precisava bater a última cobrança.
A responsabilidade estava na mão dos Victor e nos pés de
Gímenez. Quem carimbou o título do Galo foi o travessão. O jogador paraguaio
errou a cobrança e pela primeira vez em seus 105 anos de história, o Galo se
sagrou Campeão da Copa Libertadores da América.
Campanha:
14 jogos, 9 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. 29 gols
feitos e 18 gols sofridos.
Artilharia:
Jô – 7 gols
Diego Tardelli – 6 gols
Ronaldinho – 4 gols
Bernard – 4 gols
Réver – 2 gols
Luan – 2 gols
Leonardo Silva – 1 gol
Guilherme – 1 gol
Alecsandro – 1 gol
Jogadores:
Goleiros: Victor, Lee e Giovani
Laterais: Junior César, Carlos César, Marcos Rocha e
Michel.
Zagueiros: Réver, Leonardo Silva, Rafael Marques
Volantes: Leandro Donizete, Pierre, Josué, Richarlyson,
Lucas Cândido, Rosinei e Serginho
Meias: Ronaldinho Gaúcho, Bernard e Guilherme
Atacantes: Jô, Diego Tardelli, Neto Berola, Alecsandro,
Luan e Araújo.
Técnico: Cuca
Presidente: Alexandre Kalil
Principal nome
alvinegro na competição.
Victor que cresceu como um gigante nos momentos mais
críticos do clube na competição. Três defesas de pênaltis escreveram o nome do
goleiro na história do Atlético.
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