24 de jul. de 2011

CELESTE GOLEIA PARAGUAI E VOLTA A SE DESTACAR NO CENÁRIO MUNDIAL DO FUTEBOL

Visão geral do Monumental de Nuñez, na grande decisão - AFP PHOTO / Maxi Failla
Monumental de Nuñez lotado na decisão da Copa América 2011

Melhor time Sul-americano na Copa do Mundo de 2010, um representante na final da Copa Libertadores de 2011, o Peñarol, Vice campeão do mundial sub-17. O Uruguai precisava de um título para voltar a se destacar no cenário mundial do futebol. Isso aconteceu hoje no dia 24 de Julho de 2011 no Estádio Monumental de Nuñez em Buenos Aires na Argentina. A Seleção celeste de Diego Forlán e Suarez venceu o Paraguai por 3 a 0 e se consagrou campeã da Copa América 2011.

Foi a 15° conquista da celeste que é a maior vencedora da competição. A Argentina tem 14 títulos e o Brasil tem 8. A última conquista uruguaia foi em 1995.

O Paraguai conseguiu o fato curioso, a Seleção Guarani conseguiu ser vice-campeã sem conquistar uma única vitória, foram 5 empates e 1 derrota.

O JOGO

Uruguaios e paraguaios, famosos pela dedicação e raça em campo, disputavam todas as jogadas com rispidez. Um dos mais exaltados era o zagueiro Lugano, que não se entendia com o atacante adversário Haedo Valdez.

Em pouco tempo, portanto, um brasileiro passou a se destacar na final da Copa América. O árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho precisou distribuir broncas e cartões às seleções para tentar acalmar o confronto. Mas ele próprio foi motivo de discórdia aos dois minutos, ao mandar o jogo seguir depois de o paraguaio Ortigoza tocar a bola com a mão dentro da área.

O Uruguai estava mais preocupado em jogar futebol. Ao contrário do adversário, que seguia o exemplo das rodadas anteriores e priorizava a marcação, o time dirigido por Oscar Tabárez pressionou desde os primeiros minutos de partida. Foi premiado com o gol aos 11, quando Suárez recebeu lançamento na área, limpou a marcação e bateu cruzado. A bola tocou na trave e entrou. Festa uruguaia em Buenos Aires, 1 a 0 Uruguai.

O Paraguai foi obrigado a se soltar um pouco mais após ficar em desvantagem no marcador. Sem organização tática para responder às investidas uruguaias, contudo, os paraguaios acabaram facilmente contidos pela violência celeste e ainda pecava pela falta de criatividade. O goleiro Muslera quase não trabalhou.

O Uruguai apostou nos contra-ataques em meio à mudança de postura paraguaia. Dessa forma, voltou a incomodar Villar, até ampliar o placar aos 41 minutos. Arévalo desarmou Ortigoza e fez assistência para Diego Forlán, que chutou firme para as redes. O melhor jogador da última Copa do Mundo não fazia um gol por sua seleção desde aquele torneio. Novamente festa uruguaia em Buenos Aires, 2 a 0.

No segundo tempo, o Paraguai veio para o “tudo ou nada”. A final ficou mais equilibrada. Aos nove minutos, por exemplo, Valdez mandou de primeira após um lançamento de Ortigoza e não descontou por pouco. Muslera esticou os dedos para desviar a bola, que acertou o travessão.

Reforçado com Hernán Perez, Estigarribia e o argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios, que substituíram Piris, Vera e Zeballos, o Paraguai se lançou ainda mais ao ataque no decorrer do segundo tempo. Gerardo Martino não se importava mais em expor a sua seleção aos contragolpes.

Consistente na defesa, o Uruguai soube administrar o resultado construído na etapa inicial. Oscar Tabárez deu novo fôlego à marcação celeste com Eguren no lugar de Diego Pérez e ainda apostou em Cavani, na vaga de Álvaro Pereira, para definir a partida à base de velocidade. Deu resultado. Aos 44 minutos, em velocidade, Forlán arrancou e concluiu na saída de Villar para fechar o marcador: 3 a 0 para a celeste uruguaia, os melhores da América.

FICHA TÉCNICA

URUGUAI 3 X 0 PARAGUAI

URUGUAI: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Coates e Cáceres (Godín); Arévalo, Diego Pérez (Eguren), Álvaro González e Álvaro Pereira (Cavani); Forlán e Suárez
Técnico: Oscar Tabárez
PARAGUAI: Villar; Verón, Paulo da Silva, Marecos e Piris (Hernán Perez); Ortigoza, Vera (Estigarribia), Victor Cáceres e Riveros; Zeballos (Lucas Barrios) e Valdez
Técnico: Gerardo Martino
Local: Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires (Argentina)
Data: 24 de julho de 2011, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes Filho (Brasil)
Assistentes: Marcio Santiago (Brasil) e Francisco Mondría (Chile)
Cartões amarelos: Diego Pérez, Cáceres, Maxi Pereira e Coates (Uruguai); Victor Cáceres e Vera (Paraguai)
O capitão Lugano se prepara para levantar a taça da Copa América  - AFP PHOTO / JUAN MABROMATA
O Uruguai provou que para ser campeão não precisa você acompanhar novela, não precisa você usar bonés de aba retas, fazer moicanos e lançar moda, basta jogar futebol que você atropela as seleções fracas tipo o Paraguai. Parábens celeste!

Bruno Santana
bruno_santsouza@hotmail.com
@brunosantsouza

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