17 de jun. de 2014

FRUSTRANTE

De Belo Horizonte.
Por Vinícius Silveira.
Via: Boleiros da Arquibancada
Dando sequência aos jogos do Grupo F da Copa do Mundo, Irã e Nigéria mediram forças na busca por uma das vagas na chave que também tem Argentina e Bósnia (que no domingo jogaram no Maracanã e terminaram com placar de 2 a 1 para os argentinos). A partida foi disputada no novo estádio da Arena da Baixada, pertencente ao Atlético-PR, em Curitiba, e terminou em um amargo 0 a 0, o primeiro empate deste Mundial.

O jogo também quebrou alguns protocolos desta Copa aqui no Brasil. Este Mundial apresenta, até o momento, uma média de três gols por partida. Irã e Nigéria protagonizaram o primeiro jogo sem gols do torneio. A média de faltas é de 24 por partida. O árbitro equatoriano Carlos Vera apontou 33.

Na próxima rodada, a seleção do Irã viaja para Belo Horizonte e encara a Argentina, no Mineirão, no sábado (21), às 13h. A Nigéria enfrenta a Bósnia, no mesmo dia, às 19h, na Arena Pantanal, em Cuiabá.

O jogo

As duas equipes entraram em campo sabendo do primeiro resultado do grupo, e assimilando a ideia de que há apenas uma vaga em aberto, já que a outra deve ficar com a Argentina. Por conta disso, uma vitória seria fundamental. O jogo começou com a Nigéria comandando as ações da partida, apresentando maior posse de bola, chegando a 68% durante o jogo, mas não conseguia penetrar na defensiva iraniana. Para tal, buscava lançamentos em direção aos mais ofensivos Musa, Moses e Emenike, sem obter sucesso. O Irã se armava na defesa, com os 11 jogadores na marcação.

Quem trabalhou mesmo foi o goleiro do Irã, Haghighi. Aos dois minutos, Moses perdeu uma ótima chance e aos nove, Onasi aproveitou rebote da defesa e arrematou para fora. A rede até balançou quando eram decorridos sete minutos. Eneyama marcou na cobrança de escanteio, mas o árbitro equatoriano Carlos Vera apontou falta no goleiro Haghighi.

Aos 29 minutos, por lesão, o zagueiro nigeriano Oboabona saiu, dando lugar a Yobo. Pouco depois, o Irã teve sua melhor - e única - chance exigiu grande defesa de Eneyama na cabeçada de Goochannejad após escanteio batido pela direita.

No segundo tempo, esperava-se que o jogo fosse melhor que o praticado na primeira etapa. Para quem acompanhou a partida, a espera foi em vão. A Nigéria seguia com ampla posse de bola, mas sempre investindo em lançamentos longos, a maioria deles, sem dar resultados. O Irã cresceu, ainda confiando na qualidade de Goochannejad. O centroavante seguia com a pontaria descalibrada.

O técnico nigeriano Stephen Keshi sacou Moses, aos seis, e Azzez, aos 24 minutos. Entraram Ameobi e Odemwingie, mas sem alterar o panorama da partida. O treinador português Carlos Queiroz só mexeu na equipe depois dos 30 minutos. Tirou Dejagah e Heydari para colocar Jahanbaksh e Shojaei. O goleiro Eneyama seguiu como mero espectador da partida, apenas trabalhando para abafar os cruzamentos iranianos. Enquanto isso, Haghighi demonstrava a mesma segurança para ser soberano embaixo das traves.

O resultado não só foi frustrante para as seleções, que precisavam vencer para se igualar em pontuação com a Argentina, mas também para os torcedores que lotaram a Arena da Baixada, esperando que esta partida ao menos mantivesse a média de gols da Copa do Mundo.

IRÃ 0 X 0 NIGÉRIA

IRÃ:Alireza Haghighi; Montazeri, Amirhossein Sadeqi, Jalal Hosseini e Heydari (Shojaei); Nekounam, Timotian, Pooladi e Hajsafi; Dejagah (Jahanbakhsh) e Goochannejad. Técnico: Carlos Queiroz.
NIGÉRIA: Enyeama; Ambrose, Oboabona (Yobo), Oshaniwa e Omerou; Onazi, Mikel, Azzez (Odemwingie) e Moses (Ameobi); Musa e Emenike. Técnico: Stephen Keshi.

Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Público: 39.081
Data: 16/06/2014
Horário: 16h
Árbitro: Carlos Vera (Equador)
Auxiliares: Christian Lescano e Byron Romero (ambos do Equador)

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